A equipe que investiga o sequestro e assassinato de Jonas Lucas Alves Dias, 55 anos, ganhador da Mega-Sena, morto em Hortolândia, divulgou imagens de dois suspeitos de participação no crime, que estão foragidos. A intenção é que a população possa fazer denúncias anônimas sobre o paradeiro deles a Divisão de Investigações Criminais (Deic) de Piracicaba.
De acordo com a delegada Juliana Ricci, Roberto Jefferson da Silva e Marcos Vinicyus Sales de Oliveira tiveram a prisão decretada no sábado (17). “Ressalto que eles são investigados, não podendo afirmar, neste momento da investigação, que são os culpados. Ambos são investigados pela participação no crime. Ambos estão foragidos”, declarou a delegada.
As denúncias anônimas, segundo a polícia civil, tem o anonimato garantido, e podem ser feitas pelos telefones 19 3421-6169 (Deic) ou 181.
“O Vinícius é o que aparece nas imagens do banco e utiliza uma caminhonete S10, de cor prata. O mesmo tipo de veículo utilizado no arrebatamento da vítima. O Roberto utiliza um veículo Ford Fiesta preto, o mesmo tipo de veículo também utilizado no arrebatamento da vítima”, diz Juliana Ricci
A polícia já prendeu um homem de 48 anos e uma mulher trans de 24, envolvidos no crime.
Entenda o caso
O assassinato de Jonas Lucas Alves Dias, 55 anos, premiado com R$ 47 milhões na Mega-Sena em 2020, foi motivado por dinheiro, segundo apuração inicial da polícia. Dias vivia no Jardim Rosolém, em Hortolândia, onde todos sabiam que ele tinha grande soma de dinheiro, e manteve os mesmos hábitos de antes do prêmio.
Jonas chegou a ser socorrido com vida quando estava agonizando às margens da Rodovia dos Bandeirantes, no Jardim São Pedro, em Hortolândia. Atendido por uma ambulância da AutoBAn, concessionária que administra a rodovia, ele foi levado a um hospital em Sumaré, mas não resistiu aos ferimentos.
Na ocasião, seu irmão, de 65 anos, prestou esclarecimentos à polícia e relatou que o homem estava desaparecido havia um dia. O seu cartão de débito foi levado pelos suspeitos. Uma das tentativas de saque de sua conta foi de R$ 3 milhões.
Durante as investigações, os agentes colheram depoimentos de testemunhas, cumpriram dois mandados de busca e apreensão nas casas dos proprietários de dois automóveis (Fiesta preto e uma caminhonete prata) e analisaram as imagens das câmeras de segurança que registraram a ação dos criminosos. Os agentes solicitaram ainda a quebra dos sigilos telefônico e bancário.
Neste trabalho os policiais identificaram ao menos quatro envolvidos, de 22, 24, 38 e 48 anos, dois já se encontram presos.
Na investigação foi verificado que aproximadamente R$ 20 mil foram retirados da conta de Jonas por meio de transferências via Pix e saques em uma agência bancária. O investigado de 22 anos, que era dono da caminhonete, teria ido até o banco para configurar um aplicativo em um celular e efetuar as transações para a conta de uma mulher, de 24 anos.
O homem de 38 anos seria o proprietário do carro e não possuía antecedentes criminais. A Polícia Civil realiza buscas para localizar os outros dois identificados que teriam participaram do crime. Os envolvidos não eram conhecidos da vítima, mas sabiam da condição social dela.