Por Kátia Camargo
Especial para o Hora Campinas
Diferentes gerações carregando olhares em comum se reuniram no último dia 5 de novembro no Encontrão da Academia Educar, projeto da Fundação Educar que atua com o protagonismo juvenil há 33 anos. Por lá já passaram cerca de 5 mil jovens que levaram para a vida o lema: “Os incomodados que mudem o mundo”. Quando entram na Academia Educar, esses jovens são convidados a se reconhecer como protagonistas e cidadãos capazes de transformar a sua realidade e a de suas escolas e comunidades.
Durante o encontro, Luis Norberto Pascoal, um dos idealizadores da Fundação Educar e presidente da Cia DPaschoal, ressaltou a importância de substituir urgentemente a palavra ‘eu’ por ‘nós’.
“Todos nós podemos e devemos fazer um mundo melhor para se viver. Acredito que essa conexão entre as gerações que passaram pela Academia Educar é extremamente importante para reforçar a força do ‘nós’ no lugar do ‘eu’. Nós precisamos construir pontes e olhar para o futuro de maneira propositiva e protagonista”, afirmou.
Cristiane Stefanelli, gestora da Fundação Educar e ex-aluna da Academia Educar, sentiu a força desse reencontro. “Temos convicção do quanto tem sido significativo promover o protagonismo nesses jovens. Nesses mais de 30 anos, o compromisso de estimular a cidadania ativa e o autoconhecimento permanece. Mudamos nesse tempo a metodologia especialmente a ideia de “construir com” ao invés de “construir para” os jovens. Nosso desejo é de que esse encontro sirva de aquecimento para projetos futuros que podemos construir juntos”, destacou Cristiane.
Edgard Gouvea Jr., do Instituto Elos e criador do projeto Oásis, também esteve presente no encontro e falou da força de resgatar a comunidade e seguir construindo projetos coletivos.
“Somos comunidade, mas estamos perdendo a consciência dela. Em comunidade temos a abundância e somos codependentes. Quando nos enxergamos como comunidade podemos fazer coisas incríveis e com alegria”, disse.
Mãe e filho passaram pela Academia
Ligiane Rezende, 44 anos, é mãe de Mateus Rezende Maia. Ambos, mãe e filho, passaram pela Academia Educar. Para ela, o projeto mudou a história da sua vida. “Eu descobri como poderia ser uma agente transformadora da sociedade. Aprendi valores que levo para a vida. Por isso incentivei muito meu filho a participar também. Quando ele começou a fazer eu vi a mesma potência que despertou em mim se despertando nele”, contou Ligiane. Mateus falou que gostou tanto da experiência e dos aprendizados que pretende se candidatar para ser monitor no próximo ano.
“Eu sou muito tímido e principalmente depois da pandemia tive dificuldades para me enturmar. A Academia Educar me ajudou muito nisso e também me fez acreditar que eu posso contribuir para melhorar o mundo”, disse Mateus.
Tainá dos Santos Batista, 16 anos, fez Academia Educar online, quando tinha 14 anos e morava em Curitiba. Foi o tio que a incentivou a se matricular. “Aprendi muito, adquiri maturidade, me ajudou muito na escola e também a me comunicar com as outras pessoas. Agora me mudei para Campinas e quero ter a experiência de cursar a Academia de forma presencial e seguir aprendendo muito mais”.
Academia Educar em Goiânia
Ludmila Santos, que como Tainá fez Academia Educar online durante a pandemia, esteve presente no evento. “A experiência foi tão impactante para mim que eu resolvi me candidatar para ser monitora no ano seguinte. Agora, junto com a equipe da Fundação Educar, vamos dar mais um passo e levar a Academia Educar de forma presencial para a minha cidade, Goiânia. Para mim, a educação é um caminho essencial e agora quero que outras pessoas tenham a mesma oportunidade que eu tive”, disse.
Ao final do encontro, falas muito potentes ressoaram entre todos e a mensagem que ficou do dia: ‘A resposta para toda pergunta é ‘comunidade’ e a solução para os desafios é sempre ‘nós’”.