O aumento dos casos de dengue e de covid em Campinas já reflete em demora e sobrecarga nas unidades de pronto atendimento (UPAs) da Rede Mário Gatti de Urgência, Emergência e Hospitalar. Segundo a rede, houve alta de 32,1% nos atendimentos nos dois primeiros meses de 2024 na comparação com o mesmo período do ano anterior. A orientação é para que os pacientes sem gravidade procurem os centros de saúde.
“Os pacientes com suspeita de dengue, classificados como A e B, que são casos sem gravidade, representam 98% dos atendimentos. Apenas 2% são urgência, com pacientes que podem ter complicações e precisarão ser internados. Por isso, é importante que pessoas com sintomas leves procurem os centros de saúde”, afirma o diretor de Urgência e Emergência da Rede Mário Gatti, Steno Pieri.
O crescimento do número de atendimento, confirma a Rede Mário Gatti, é resultado do fluxo de pacientes com sintomas respiratórios e de dengue às unidades, o que está impactando no tempo de espera pela consulta.
De acordo com a última atualização, realizada esta semana, o município registra 13.178 casos confirmados de dengue e uma morte, de uma idosa no Jardim Eulina, o bairro mais afetado pela epidemia. Em todo o ano passado foram 11.504 confirmações da doença.
A Rede informou que vem se preparando para um eventual aumento de casos de dengue, com programação para instalar salas de hidratação nas unidades.
No primeiro bimestre de 2023, as UPAs Carlos Lourenço, São José, Anchieta Metropolitana e Campo Grande atenderam 58.324 pacientes e no mesmo período de 2024, foram 77.072 atendimentos.
Em todo 2023 foram confirmados, nas unidades de pronto atendimento, 2.458 casos de dengue. Neste ano, em dois meses, já são 2 mil. Entre dezembro do ano passado e fevereiro deste ano, os atendimentos saíram de 35.142 para 41.874.