O vaivém de João Doria (PSDB) sobre sua candidatura presidencial entre quinta-feira, 31 de março, e esta sexta, 1º de abril, teve saldo negativo para o tucano nas redes sociais. Com alta rejeição e despertando desconfiança no meio político, Doria foi alvo de críticas e, sobretudo, deu a bolsonaristas palco para dominarem o debate político no Twitter e no Facebook, segundo a consultoria .MAP.
Apesar de ter subido sua porcentagem de participação no debate das redes de 2% para 7% em 24 horas, Doria teve apoio modesto, de apenas 6,2% das cerca de 100 mil postagens.
Do outro lado, a bolha bolsonarista dominou, com ironias e ataques, a narrativa sobre o movimento do tucano, concentrando mais de 60% das publicações.
“A maior mobilização é da mesma bolha que elegeu o governador como seu principal alvo desde o início da vacinação contra a Covid-19 com a Coronavac”, disse Marilia Stabile, da .MAP. Militantes de esquerda praticamente ignoraram o vaivém de Doria. Aliados de Doria, claro, preferem os números absolutos: apesar do saldo negativo, o que eles têm comemorado é a presença do governador entre os assuntos mais citados do Brasil e do mundo na quinta.
Eduardo Leite
Os integrantes do PSDB que são contra a pré-candidatura presidencial do ex-governador João Doria mantêm os planos de forçar o paulista a desistir de disputar o cargo e apresentar Eduardo Leite, recém-saído do governo do Rio Grande do Sul, no lugar como candidato ao Palácio do Planalto.
O próprio presidente nacional da legenda, Bruno Araújo, que é coordenador da futura campanha de Doria, já disse a aliados que não tem como agir para impedir os movimentos do gaúcho. Eduardo Leite já começa as negociações envolvendo a terceira via neste sábado, 2, quando vai se reunir com o ex-ministro Sérgio Moro, que decidiu sair do Podemos para ir ao União Brasil e suspender a candidatura presidencial.
Editado por Chico Bruno/Time Carlos Brickmann