Enfim, a Prefeitura removeu a árvore que ficou caída por 12 dias na Praça Irmã Carmela Stecchi, em Barão Geraldo, a Praça do Coco. Sem ser atendida pelo número 156, o canal de comunicação da Prefeitura de Campinas, a população apelou para um abaixo-assinado que teve 1.208 adesões. No último domingo (29), o Hora Campinas alertou sobre o problema e no dia seguinte funcionários da Secretaria Municipal de Serviços Públicos fizeram a remoção.
Segundo os artesãos e comerciantes que trabalham na Praça, a árvore caiu no dia 17 de janeiro, terça-feira da semana retrasada, quando as chuvas provocaram estragos em Campinas. Entre alagamentos de ruas, avenidas, viadutos e imóveis, foi registrada a queda de 80 árvores só naquele dia pela Defesa Civil – em janeiro, foram mais de 200 quedas.
A árvore na Praça do Coco ficou atravessada no meio da passarela e seus galhos apoiados de forma inclinada em outra árvore.
O acidente afetou a frequência do local e as feiras de artesanato tiveram que ser paralisadas, causando prejuízo para os cerca de 100 trabalhadores envolvidos com as atividades das feiras.

Segundo o presidente da Associação de Artesãos e Expositores da Feira de Barão (AAEFB), Omar Ismail Batarce, as atividades na Praça do Coco devem retornar nesta quarta-feira (1), das 17h às 21h30, caso não chova. As feiras de artesanato no local também acontecem aos sábados (das 10h às 16h) e no segundo domingo de cada mês (das 10h às 15h).
“Essa árvore vai cair”
A morte de duas pessoas, vítimas de queda de árvore em Campinas em menos de um mês, deixou a população preocupada e a atenção com as condições das árvores da cidade aumentou. A dona de casa Maria de Fátima Sousa, por exemplo, está atenta à árvore que fica ao lado de sua casa no Jardim São Vicente, atrás do Supermercado Galassi. O chão da calçada ao redor das raízes levantou e está rachando. “Ela vai cair a qualquer momento e é grande, pode causar um estrago por aqui”, alerta a moradora da Rua Francisco João Carlos Erberl.
“Há mais de quatro anos peço para a Prefeitura fazer a vistoria e não sou atendida.”

Parques públicos e escolas
A morte da menina Isabela Tiburcio Fermino, de 7 anos, atingida por um eucalipto na Lagoa do Taquaral na terça-feira passada (24) provocou o fechamento de todos os parques públicos de Campinas por medida de segurança. Os técnicos estão avaliando as condições do solo em função das chuvas deste mês. A previsão é de que a reabertura aconteça de forma gradativa a partir desta sexta-feira (3).
Além de Isabela, o técnico em eletrônica Guilherme da Silva, de 36 anos, também morreu vítima de queda de árvore. Ele foi atingido por uma figueira branca do Bosque dos Jequitibás enquanto trafegava de carro na Rua General Marcondes Salgado no dia 28 de dezembro.
Vereadores e pais de alunos da rede municipal de ensino também se mobilizam para uma ação do Executivo junto às árvores das escolas nesse período de volta às aulas. No último dia 25, o vereador Gustavo Petta (PCdoB) protocolou uma indicação ao Executivo para a realização de vistoria e análise das árvores e do solo das escolas municipais e creches. O mesmo pedido foi feito por meio de um ofício enviado às diretorias regionais de ensino ligadas à Secretaria Estadual de Educação. O vereador Paulo Gaspar (NOVO) tenta emplacar uma CPI.
De acordo com o Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri), da Unicamp, o mês de janeiro deste ano já é um dos mais chuvosos da história de Campinas. O volume registrado pelo órgão foi de 348,7mm até domingo (29). O recorde do mês é de 489mm, registrado em 2007.
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