Os candidatos à sucessão de Liz Truss, primeira-ministra do Reino Unido que renunciou ontem (20), vão precisar do apoio de pelo menos 100 deputados do Partido Conservador na eleição interna para escolher um novo líder.
“Estabelecemos um patamar alto, mas é um patamar que pode ser alcançado por qualquer candidato sério que tenha probabilidades realísticas de passar”, adiantou nesta sexta-feira (21) Graham Brady, o presidente do chamado Comité 1922, conselho dos deputados Conservadores que organiza as eleições internas.
A primeira-ministra britânica, Liz Truss, anunciou na quinta-feira a demissão numa declaração à porta da residência oficial de Downing Street, em Londres, perante um crescente descontentamento com o governo. “Reconheço que, dada a situação, não posso cumprir o mandato para o qual fui eleita pelo Partido Conservador. Por conseguinte, falei com Sua Majestade o Rei para o notificar de que me demito como líder do Partido Conservador”, disse.
O novo patamar do Comité 1922, que subiu 20 apoios dos exigidos na ronda inicial da votação anterior, significa que no máximo participarão três candidatos entre os 357 membros do grupo parlamentar.
O prazo para apresentar candidaturas fecha às 14 horas de segunda-feira, não tendo até agora sido feito qualquer anúncio oficial de potenciais interessados.
Se existirem dois finalistas, os militantes serão chamados a escolher num voto eletrônico, devendo o processo ser concluído até sexta-feira, 28 de outubro, acrescentou o presidente do partido, Jake Berry.
Truss mantém-se em funções como primeira-ministra até ser escolhido um sucessor na liderança do Partido, que será indigitado pelo Rei Charles III chefe do Governo pois os Conservadores mantêm uma maioria absoluta no Parlamento.
(Agência Lusa)