A partir do fechamento das urnas, às 17h deste domingo (30), no horário de Brasília, os brasileiros começam a viver a expectativa da divulgação dos resultados eleitorais da eleição presidencial e também da disputa pelo governo de 12 estados. Este ano, a eleição está seguindo o horário de Brasília em todo o país. Os números serão divulgados em tempo real pelo site do TSE e também pelo aplicativo “Resultados” do TSE.
A expectativa do Tribunal Superior Eleitoral é de que o resultado final para a eleição presidencial em segundo turno, bem como nos 12 estados em que a eleição para governador não foi definida em primeiro turno, seja divulgado até as 21h30 deste domingo.
A ordem na divulgação da totalização dos votos das Eleições Gerais de 2022 segue um fluxo variável. No primeiro turno, no dia 2 de outubro, o Brasil todo pôde perceber que os primeiros votos divulgados vinham das regiões Sul e Sudeste. Só algum tempo depois começaram a ser contabilizados os de parte do Centro-Oeste e, por fim, os votos dos estados das regiões Nordeste e Norte.
Segundo o secretário de Tecnologia da Informação da Tribunal Superior Eleitoral (TSE) , Julio Valente, essa situação, que se repete em todos os pleitos, é causada por variadas questões de logística na transmissão dos votos a partir de cada uma das 27 unidades da Federação.
Devido ao volume de informação que é recebida pelo TSE ao mesmo tempo, os votos do Norte do país acabam chegando a Brasília por último e, por isso, aguardam numa “fila” para serem processados.
O secretário explica que três fatores podem ocasionar lentidão na transmissão dos dados das urnas eletrônicas para a totalização no TSE. O primeiro deles é a quantidade de cargos sendo votados – o que implica mais tempo do eleitor diante da urna eletrônica – e a existência de filas de eleitores que ainda não votaram na seção eleitoral depois das 17h, quando, em tese, a votação é encerrada.
Nesses casos, a norma eleitoral determina que sejam distribuídas senhas e que a votação continue até que a última pessoa na fila vote. Só então é que a urna eletrônica é finalizada, o Boletim de Urna é impresso e a mídia de resultado é retirada para que os dados sejam transmitidos para a Justiça Eleitoral.
O segundo motivo está ligado ao fato de que em muitas localidades distantes dos grandes centros surge o problema das limitações de infraestrutura de telecomunicação. E essa é uma situação recorrente, sobretudo em regiões mais pobres nos estados das regiões Norte e Nordeste e em partes do Centro-Oeste.
A problemática envolve a capacidade de processamento do computador disponível na localidade para a transmissão dos dados, bem como a estabilidade e a velocidade da rede de dados local na conexão com a rede privativa da Justiça Eleitoral.
O terceiro fator para eventual demora no processamento dos votos na totalização das eleições já ocorre em Brasília, no Centro de Processamento de Dados (CPD) do TSE. “Esses dados, ao chegarem ao CPD da Justiça Eleitoral, entram em uma estrutura semelhante a uma ‘fila de banco’”, explica Valente.