Os pacientes oncológicos que dependem de atendimento por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) ganharão novas opções de tratamento em Campinas. Em julho, começam a funcionar os novos serviços de câncer de pele e de intestino do Ambulatório Médico de Especialidades – AME. A Rede Mário Gatti anunciou para agosto o início das operações da reformulada Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) do hospital. E nesta terça-feira (28) foi inaugurado o Instituto de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço da Unicamp, que tem entre suas especialidades, o atendimento de câncer de cabeça e pescoço.
Com início do atendimento em julho, a unidade da Unicamp se torna referência no país e beneficia 4,6 milhões moradores da região com atendimento especializado em otorrinolaringologia.
O novo hospital é especializado no atendimento de câncer de cabeça e pescoço, deficiência auditiva, criança traqueostomizada, doenças do equilíbrio, paralisia facial, disfagia, medicina do sono, doenças da cavidade oral, doenças da voz, deformidades esqueléticas da face e distúrbios de respiração, deglutição, fonação e comunicação.
A expectativa é que o Instituto de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço da Unicamp realize 200 mil atendimentos, 88 mil exames complementares e 4 mil cirurgias por ano.
Os atendimentos serão para pacientes encaminhados pela Cross (Central de Regulação de Vagas e Ofertas e Serviços de Saúde). O Governo do Estado vai repassar R$ 12 milhões para a Unicamp para custeio do instituto.
“A nova unidade será uma referência na América Latina, trazendo inovação para o atendimento da população e ainda colaborando na formação de especialistas e no desenvolvimento de pesquisas”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Jean Gorinchteyn.
Localizado na Cidade Universitária, o instituto tem 7 mil metros quadrados de área construída em um terreno de 11 mil metros quadrados. São 30 consultórios médicos e terapias complementares, 18 estações de treinamento em videocirurgias e microcirurgias, quatro salas de operação, 10 salas de procedimentos especializados, três consultórios odontológicos, três auditórios e 15 quartos para internações.
Os investimentos de R$ 33 milhões para a construção do Instituto de Otorrino, Cabeça e Pescoço da Unicamp vieram de um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) realizado pelo Ministério do Trabalho com as empresas Shell e Basf.