Um cachorro sem raça definida, conhecido como Caramelo, foi pego em flagrante enquanto furtava um mercado, em Valinhos. Câmeras do estabelecimento registraram toda a ação do “meliante”, que primeiro conquistou a confiança dos trabalhadores, passou a ficar na frente do mercado e, assim que teve a oportunidade, passou a praticar os furtos. Entre os itens levados estão sacos de pães e pote de paçoca. Contudo, o índice de fofura é tão alto que nenhuma queixa foi registrada.
“O caramelo sempre ficava por aqui, os cachorros aparecem a gente dá água, comida, então eles ficam por aqui. O Caramelo sempre estava aqui na porta. Mas nós nunca flagramos nada”, conta Juliene Santana, gerente do Marcado Glicério Club, no Jardim Santa Rosa, em Valinhos.
Contudo, Caramelo não imaginava que um funcionário o pegaria em ação.
“Um colaborador viu quando ele entrou, pegou e saiu com o pacote de pão na boca. O rapaz tentou sair correndo atrás dele, mas ele saiu vazado. Essa foi a primeira vez que a gente viu. Ele é baixinho e passa sorrateiro”, conta.
A gerente resolveu checar as imagens de segurança para ver exatamente como o cachorro agia. As imagens mostram Caramelo entrando no mercado, pegando o pacote de pães de uma prateleira baixa e saindo com pressa.
“A gente achou inusitado porque foi a primeira vez que a gente flagrou um animal roubando. A gente não esperava. A gente já flagrou outras pessoas (roubando), seres humanos, agora, animal mesmo foi a primeira vez que aconteceu aqui com a gente, pelo menos que a gente viu né. A gente não esperava”, conta rindo.
Depois do flagra, Caramelo não apareceu mais no estabelecimento.
“O cachorro não apareceu mais por aqui depois do ocorrido. Ele nunca mais apareceu, mas a gente sempre o via aqui na região. Ele corria atrás das motos, dos carros. O dono dele disse que em algumas situações ele foge de casa, vai no pé de manga que tem aqui perto e pega manga para levar para casa”, conta Juliene.
Foi o tutor do cachorro que revelou que ele já apareceu em casa com pote de paçoquinha.
O cachorro é tão querido pelas pessoas da região e do mercado, que mesmo sem saber o nome oficial, foi batizado como Caramelo, e nenhuma queixa foi registrada contra ele.
“O dono dele veio aqui, conversou com a gente e pagou pelos produtos. “Mas a gente agora está um pouco mais atento, olhando mais para baixo porque ele é pequenininho e passa sem a gente perceber”, brinca a gerente.