A Câmara Municipal de Vinhedo aprovou na tarde de terça-feira (23), em sessão extraordinária, o reajuste dos vencimentos dos integrantes do legislativo e executivo. Os novos valores entrarão em vigor a partir da próxima legislatura, que começa em janeiro de 2025. Curiosamente, o vice-prefeito teve uma redução considerável em seus vencimentos e irá receber um pouco menos de três salários mínimos por mês.
Entre os vereadores, o atual salário de R$ 8.000 permanece até dezembro de 2024. No mês seguinte, a quantia bruta do subsídio passa a ser de R$ 13.202,55, o que representa um aumento de 65%. O valor está estagnado desde o ano de 2011.Também foi aprovado para entrar em vigor a partir de 2025 a concessão de 13º salário e 1/3 (um terço) de férias aos parlamentares.
No executivo, o reajuste nos salários do prefeito e secretários será de 33%. O chefe do executivo, que tem ganho mensal de 26.249,76, passará a receber R$ 34.925,00. Já os vencimentos dos secretários serão alterados dos atuais 15.040,16 para R$ 20.010.
O projeto de lei que dispõe sobre a fixação do subsídio do executivo, no entanto, teve uma emenda durante a sessão e o plenário aprovou uma redução salarial de quase 80% para o vice-prefeito, que passará a ganhar R$ 3.492,51. Os vencimentos atuais são de mais de R$ 14.000.
Segundo parlamentares, a medida representa uma resposta política do prefeito Dario Pacheco (PTB) a seu vice Edson PC (MDB). Ambos romperam após três meses de governo. No entanto, vereadores consideram a ação sem efeito, já que a alteração nos salários acontecerá somente a partir de 2025 e, até lá, o quadro político do executivo muito provavelmente terá mudanças.
“É uma medida sem pé nem cabeça, pois não afeta o vice-prefeito atual”, diz a vereadora Nayla de Souza (PDT). Segundo comentários dos autores da emenda, o vice-prefeito na próxima legislatura poderá assumir um cargo de secretário, o que, na visão de Nayla, fere a estrutura administrativa. “É uma situação legal, mas ainda fora de previsão. Trata-se de uma briga política sem lógica.”