Responsável por 17% dos acidentes de trânsito em Campinas, e por 16% dos acidentes com mortes na cidade, a avenida John Boyd Dunlop vai passar por uma auditoria viária, segundo anúncio feito na manhã desta sexta-feira (25) por Vinicius Riverete, o presidente da Emdec – a empresa municipal que disciplina o sistema de trânsito em Campinas.
Em parceria com a organização sem fins lucrativos Iniciativa Bloomberg de Segurança Viária Global, o WRI Brasil – instituto de pesquisa que atua no desenvolvimento de estudos e implementação de soluções sustentáveis em clima, florestas e cidades – vai mapear as necessidades de melhoria da sinalização, desenho viário e acessibilidade da avenida.
A auditoria vai rediscutir eventuais mudanças no desenho viário e fazer uma reavaliação de itens como o de acessibilidade, por exemplo.
Segundo a Adninistração, o trabalho envolveria também o Comitê de Segurança Viária da própria Emdec e o Comitê de Análise de Acidentes “Vida no Trânsito”
A avenida recebe um fluxo de 482 mil veículos por mês. Atravessa 90 bairros, onde vivem perto de 200 mil pessoas.
Segundo dados da Emdec, a avenida aparece em oito posições entre os 10 pontos com maior índice de severidade dos acidentes. Entre os 50 pontos críticos de acidentes na cidade, a Av. JBD aparece em 16 posições.
Os 18 km de extensão do corredor representam apenas 0,37% dos 4.900 km da malha viária total de Campinas, mas concentram 17% dos acidentes e 16% dos acidentes com vítimas fatais. (Veja quadro abaixo)
A Dunlop é a líder no ranking de acidentalidade na cidade. Dos 2.164 acidentes registrados na malha urbana de Campinas em 2021, 374 foram na Dunlop. Em segundo aparece o corredor Amoreiras/ Ruy Rodrigues, com 11% e em terceiro, o Centro (Interior-Rótula), com 10%. (Veja quadro abaixo)
O trecho da Dunlop com maior número de acidentes é o cruzamento com a Rua Achilles Bertoldi. Em segundo lugar, aparece o trecho do cruzamento com o viaduto da Rodovia da Bandeirantes. (Veja quadro abaixo)
Plano de Prevenção
O plano de prevenção de acidentes lançado nesta sexta terá três fases – que só terminam em junho. Haverá campanhas de comunicação, com a a fixação de painéis, banners e faixas em locais estratégicos, além de mensagens em redes sociais e exibição de vídeos de conscientização.
Haverá ainda, blitze educativas e fiscalizatórias e o estabelecimento de reforço da sinalização vertical, colocação de placas de regulamentação, de advertência e educativa, além de implantação de equipamentos de fiscalização eletrônica.
Veja radiografia da John Boyd Dunlop