Nesta quarta-feira (21), o campineiro nem precisou sair de casa para sentir os efeitos do clima desértico, onde a umidade relativa do ar varia de 7% a 15%. Às 16h, a Defesa Civil de Campinas emitiu alerta de que a umidade na cidade atingiu índice de 11,9%, considerado estado de emergência.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera como ideais níveis de umidade acima de 30%. O clima frio e seco, alerta a OMS, traz problemas à saúde que afetam principalmente as vias respiratórias. O ressecamento das mucosas das vias aéreas deixa a pessoa mais suscetível a infecções, crises de asma, sinusite e rinites, problemas que, aponta a OMS, afetam 25% dos brasileiros.
Para efeito de comparação, a umidade média no Deserto do Saara é de 15%. O menor índice de umidade relativa do ar já registrado no Brasil foi de 7%, na cidade de Novo Repartimento, no Pará. Desde o início de julho, Campinas tem registrado diariamente tardes com umidade abaixo dos 30%. A marca desta quarta-feira de 11,9% é a mais baixa da série.
Durante o estado de emergência, quando a umidade relativa do ar fica abaixo dos 12%, a Defesa Civil faz algumas recomendações:
- Interrupção de qualquer atividade ao ar livre entre 10 e 16 horas, como aulas de educação física, coleta de lixo, entrega de correspondência etc;
- Manter com umidade os ambientes internos, principalmente quarto de crianças.
- Usar soro fisiológico para olhos e narinas.
- Sempre que possível permanecer em locais protegidos do sol, em áreas vegetadas etc.
- Consumir água à vontade.