A Prefeitura de Campinas anunciou nesta quinta-feira (17) um plano de obras no valor aproximado de R$ 600 milhões, que promete solucionar os recorrentes episódios de inundações nas avenidas Princesa D’Oeste – nas imediações do Guarani até o Viaduto Laurão – e ao longo da Avenida Orosimbo Maia, ambas no entorno da região central da cidade.
Segundo plano de controle das cheias na Bacia do Ribeirão Anhumas apresentado hoje, serão construídos sete piscinões – que são locais para armazenamento temporário de grandes volumes de água.
Além disso, serão feitos o alargamento e a substituição de três passagens no Córrego Serafim, na avenida Orosimbo Maia, e a construção de uma galeria de derivação – que é um dispositivo de desvio de água da chuva para determinado ponto. (Veja quadros abaixo)
A expectativa da Prefeitura é que com essas obras, as duas regiões possam comportar chuvas excessivas, com até 115 milímetros em duas horas. Hoje, tanto a Orosimbo quanto a Princesa D´Oeste ficam inundadas quando as chuvas atingem o volume de 40 milímetros, em período que varia de 40 minutos a 1h30.
O prefeito Dário Saadi – que em janeiro deste ano listou seis áreas na cidade que seriam as mais suscetíveis a alagamentos – disse que o plano começa por essas duas regiões de entorno do centro por serem as mais complexas e de custo mais alto.
Numa primeira etapa do plano de controle das cheias haverá a construção de três piscinões no Córrego Proença – um deles próximo ao CT do Guarani e que terá capacidade para 150 mil m³ de água.
Um segundo será feito na Praça Ralph Stettinger, na Av. Princesa d’Oeste e um terceiro na Praça da Ópera, na Av. João Pedro Burnier, com capacidade de 100 mil m³ e 80 milm³ de reservação, respectativamente.
Numa segunda etapa, serão executados mais quatro.
Haverá ainda, obras de substituição de travessias no Córrego Serafim – nos cruzamentos da Orosimbo Maia com a Avenida Anchieta; com a Rua Dr. José Campos Novaes e com a Coronel Quirino.
A galeria de derivação será feita no Córrego Proença, na Rua Joaquim R. de Azevedo Marquês.
Obras
Ainda não há prazo para o início das obras. Segundo o prefeito, o que foi feito agora é um projeto básico, mas é o ponto de partida para a desenvolvimento do plano. “A partir de agora, poderemos começar a pensar em licitar. Contratar o projeto executivo e a obra”, disse Dário.
“Antes, quando alguém perguntava se a gente ia resolver o problema das enchentes, nós não tínhamos condição nem se saber quais obras seriam necessárias. Agora sabemos”, acrescentou. Ele disse que vai buscar recursos no governo estadual, federal e em organismos internacionais de fomento.
Segundo o secretário de infraestrutura. Carlos Barreiro, o tempo de obra da primeira fase é de 12 meses.
Outros pontos
Em janeiro, a Prefeitura anunciou um estudo para mapeamento de todas as áreas suscetíveis a enchentes em Campinas e identificou seis locais.
Os principais pontos são as microbacias do Ribeirão Anhumas, que incluem o córrego Serafim, na Avenida Orosimbo Maia; o córrego Proença, na Avenida José de Souza Campos (Norte-Sul); e principalmente na cabeceira do Ribeirão Anhumas, no trecho da Avenida Princesa D´Oeste, que vai do Jardim São Fernando até a ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) Anhumas, na região da Rodovia D. Pedro I e Guará, no distrito de Barão Geraldo.
Além deles, há ainda, o córrego Piçarrão, na bacia do Piçarrão; a área do antigo Curtume, na Vila Industrial; a área do antigo Kartódromo, no Parque Taquaral, perto da Lagoa do Taquaral; e a Avenida Paulo de Camargo Moraes, no Jardim Campos Elíseos.
Dário Saadi diz que estudos para controle de enchentes estão sendo feitos também para essas áreas.