Campinas aderiu às penalizações aplicadas pelos municípios aos que se recusam a tomar vacina contra a Covid-19 de determinado fabricante. O prefeito Dário Saadi determinou que a partir desta sexta-feira (9), quem se recusar na tentativa de escolher o tipo do imunizante irá para o fim da fila. A medida foi anunciada no final da tarde desta quarta-feira (7) e o decreto que estabelece os novos critérios será publicado na edição desta quinta-feira (8), no Diário Oficial do Município. Na RMC, Holambra, Americana e Indaiatuba também adotaram medidas semelhantes.
O morador de Campinas que recusar a dose oferecida terá ainda que assinar um termo assumindo a responsabilidade pela sua decisão. Caso se negue, duas testemunhas assinarão o documento. Também sofrerá penalização quem agendar a vacina e não comparecer, ignorando o recurso de cancelamento do agendamento. A pessoa ficará suspensa por 30 dias e não conseguirá fazer novo agendamento. Se não concordar com a punição, poderá entrar com um pedido de revisão no Protocolo Geral da Prefeitura.
Na cidade de Holambra, quem optar por não receber o antígeno que está sendo ofertado não poderá reagendar a aplicação imediatamente e voltará ao final da fila. Em Indaiatuba, a recusa faz o sistema automaticamente bloquear o cadastro. A pessoa só tomará a vacina quando for reconvocada pela secretaria.
Em Americana, a Secretaria de Saúde passou a utilizar um termo de responsabilidade em todos os locais de vacinação, para tentar inibir a escolha. Ele não possui caráter punitivo, porém, com a recusa do morador em tomar a vacina que se encontra disponível, ele passa a aguardar momento oportuno referente à sua faixa etária e grupo populacional ao qual pertence, o que também não garante a ele a disponibilidade futura do imunizante preferido.
Iniciativa
Quem abriu caminho para a punição aos que preferem escolher o fabricante em vez de se apressar para tomar a vacina foi São Bernardo do Campo, na semana passada. Em dois dias, o município registrou mais de 200 negativas em receber a dose ofertada. Na sequência, diversos outros municípios paulistas seguiram o exemplo de São Bernardo e a iniciativa se estendeu a outros estados, como Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Minas Gerais