Com 8.543 casos confirmados de dengue desde 1º de janeiro, Campinas confirmou na tarde desta terça-feira (27) a primeira morte pela doença em 2024. Trata-se de uma mulher de 94 anos, moradora do Jardim Eulina, que foi atendida na rede privada de saúde. Ela apresentou sintomas em 30 de janeiro e o óbito ocorreu em 12 de fevereiro. A infecção foi pelo sorotipo 1.
O Jardim Eulina é a região com maior incidência de casos de dengue desde o início do ano e foi a área que mais recebeu ações para orientação de moradores e eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti, vetor da doença, segundo a prefeitura.
Recentemente foi registrado no município um caso importado de chikungunya.
O Aedes aegypti é vetor das duas doenças e, por isso, a melhor forma de prevenção é eliminar qualquer acúmulo de água que possa servir de criadouro, principalmente em latas, pneus, pratos de plantas, lajes e calhas. É importante, ainda, vedar a caixa d’água e manter fechados os vasos sanitários inutilizados.
Preocupação
Na primeira semana de fevereiro, a Saúde recebeu a confirmação dos primeiros casos de dengue na cidade causados pelos sorotipos 2 e 3 do vírus, que não circulavam desde 2021 e 2009, respectivamente. As amostras de sangue dos pacientes foram analisadas pelo Instituto Adolfo Lutz e antes disso a metrópole só havia registrado sorotipo 1
A circulação simultânea dos sorotipos 1, 2 e 3 do vírus da dengue ocorre pela primeira vez em Campinas.
Os grupos mais vulneráveis para os sorotipos 3 e 4 são crianças, adolescentes e adultos que não tiveram contato com a doença e com estes sorotipos. Há risco maior de dengue grave quando uma pessoa é infectada por tipo diferente ao anterior.
Por enquanto, não houve identificação do sorotipo 4 do vírus da dengue em Campinas. Ele não é registrado na cidade desde 2014, mas já causou infecções em outros municípios.
Orientações sobre assistência
A pessoa que tiver febre deve procurar um centro de saúde imediatamente para diagnóstico clínico sobre a causa do sintoma.
A Saúde faz um apelo para que a população não banalize os sintomas e também não realize automedicação, o que pode comprometer a avaliação médica, tratamento e recuperação.
Já quem estiver com suspeita de dengue ou doença confirmada e apresentar sinais de tontura, dor abdominal muito forte, vômitos repetidos, suor frio ou sangramentos deve buscar o quanto antes por auxílio em pronto-socorro ou em UPA.