Campinas registrou nesta quinta-feira (29) a temperatura de 4,4ºC, às 7h, de acordo com medição do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri) da Unicamp. “Esses são os dados até às 7h. A gente está com problema na transmissão de dados instantâneos, então só temos o resumo que fecha às 7h. Pode ter caído um pouco mais até às 8h. O IAC registrou temperatura mais baixa do que isso, mas isso acontece pela distância e elevação entre as estações. Eles registraram entre 2,7ºC e 2,8ºC”, informou o pesquisador Bruno Bainy do Cepagri.
Ainda segundo o Cepagri, as chuvas de quarta-feira acumularam 26,1mm.
A temperatura máxima nesta quinta-feira não deve passar dos 13ºC. Não se descarta a ocorrência de geada nesta quinta-feira, principalmente em áreas de baixada. A tendência para a sexta-feira é de predomínio de sol temperatura mínima de 3ºC, o que aumentam as chances de geada na região.
Com ventos de intensidade moderada (em torno de 20 – 25 km/h), a sensação térmica no início da manhã pode ficar por volta de 0ºC. Já no final de semana o frio será menos rigoroso, com mínimas entre 8 e 10ºC e máximas já entrando na casa dos 20ºC. Já a partir de quinta-feira, a umidade relativa do ar volta a assumir valores baixos; uma das características das massas de ar de origem polar é seu reduzido teor de vapor de água.
Capital
A madrugada desta quinta-feira (29) em São Paulo teve recorde de temperatura mínima em 2021 com os termômetros registrando média de 4,7°C nas estações meteorológicas do Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Prefeitura. Em Engenheiro Marsilac, extremo Sul de Parelheiros, a temperatura mínima foi negativa: 0,1°C. Até então, a menor média mínima este ano havia sido em 20 de julho: 5,4°C.
Segundo os meteorologistas do CGE, hoje na capital paulista haverá predomínio de sol entre poucas nuvens e céu claro, com as temperaturas variando entre 5°C e 13°C, números que não devem ser superados por causa da atuação da forte massa de ar frio polar, considerada a mais intensa em 2021. Os menores índices de umidade do ar se mantêm acima dos 40% e não há previsão de chuva para a capital paulista.
Frio vai permancer nos próximos dias
Ainda segundo o CGE, as próximas madrugadas ainda serão geladas e com expectativa de novo recorde na madrugada de sexta-feira (30). As mínimas nos bairros mais afastados do centro expandido, distantes das áreas mais urbanizadas, podem atingir valores próximos ou abaixo de zero. “O ar frio polar só deve começar a perder força a partir do início da próxima semana, quando as temperaturas se elevam gradativamente”, informou o Centro de Gerenciamento de Emergências .
A madrugada de sexta-feira (30) deve registar 3°C e valores negativos nas regiões mais periféricas da cidade. O dia terá céu claro e poucas nuvens, com temperatura máxima em torno dos 15°C com percentuais de umidade do ar entre 45% e 95%. A sensação será de frio no decorrer do dia, que terá valores mínimos de umidade do ar acima dos 45%.
O sábado (31) ainda será frio, com a madrugada registrando termômetros em torno de 7°C, e predomínio de sol, céu com poucas nuvens e temperatura máxima de 16°C durante o dia. A sensação será de frio no decorrer do dia, com taxas de umidade do ar entre 35% e 90%.
Acolhimento com proteção social
Na noite de quinta (28) o governo de São Paulo realizou o acolhimento emergencial de 50 pessoas em situação de rua na estação Pedro II do Metrô, como parte do programa Noites Solidárias, que visa garantir a proteção social e segurança alimentar da população em situação de rua durante a frente fria que chegou ao estado.
No abrigo, as pessoas foram acolhidas com colchões e cobertores, além de alimentação. A segurança da região e dentro da estação foi reforçada pela Secretaria de Segurança Pública e pela Guarda Civil Metropolitana. Uma equipe do Padre Julio Lancelotti pernoitou com os abrigados para auxiliar no acolhimento de todos.
O mesmo acolhimento temn ocorrido nas ruas de Campinas, com entrega de cobertores e oferta de abrigos à população mais vulnerável. Muitos preferem pernoitar ao relento ou sob marquises. O último censo da população de rua em Campinas, realizado em 2019, indicava pouco mais de 800 pessoas nesta situação. Agentes públicos acreditam que a pandemia do novo coronavírus agravou esse cenário.
(Com Agência Brasil)