Campinas se aproxima da segunda maior epidemia de dengue da sua história, registrada em 2014. Na manhã desta sexta-feira (5), a Secretaria Municipal de Saúde atualizou para 41.098 casos da doença. Oito mortes foram confirmadas até o momento.
Dados do Painel de Monitoramento de Arbovirores do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) mostram que o município está a mil casos de alcançar a marca de 2014, quando foram registrados 42.109 moradores com a doença.
Até o momento, a maior epidemia de dengue da história de Campinas aconteceu em 2015, com 65.634 casos, além de 15 mortes.
No entanto, dessa vez a prefeitura projetou a possibilidade de chegar a 100 mil casos entre três e oito semanas – quando o pico poderá ser atingido no final de abril. Campinas registra pela primeira vez na história a cocirculação de três sorotipos da dengue: DEN 1, DEN 2 e DEN 3.
De acordo com os dados do painel, a região com maior incidência da doença é a Sudoeste, com 10.266 casos confirmados. Jardim Eulina, Aurélia, Valença, São Quirino e Vista Alegre são os bairros com os maiores números de casos até o momento.
A cidade decretou situação de emergência em 7 de março, e a Saúde divulgou um alerta sobre a transmissão da doença em todas as regiões da cidade.
Orientações sobre assistência
A pessoa que tiver febre deve procurar um centro de saúde imediatamente para diagnóstico clínico. Portanto, a Saúde faz um apelo para que a população não banalize os sintomas e também não realize automedicação, o que pode comprometer a avaliação médica, tratamento e recuperação.
Já quem estiver com suspeita de dengue ou doença confirmada e apresentar sinais de tontura, dor abdominal muito forte, vômitos repetidos, suor frio ou sangramentos deve buscar o quanto antes por auxílio em pronto-socorro ou em UPA.
A médica do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) Elda Motta reforçou a importância da hidratação e da avaliação médica, principalmente para idosos, gestantes, crianças e pessoas que tenham comorbidades.
“A dengue é uma doença que faz a pessoa desidratar mesmo quando não tem perdas aparentes, como vômito e diarreia, por isso, a pessoa precisa se hidratar, beber soro de reidratação oral e água para evitar complicações e procurar por atendimento médico para orientações. É importante que o paciente passe por avaliação clínica, tenha a pressão arterial medida e siga as recomendações recebidas. Lembrar que o volume de líquido que deve beber é grande, por volta de 60 ml por quilo de peso, e que alguns sinais de desidratação não são valorizados como apatia, irritabilidade, perda de apetite e perda de vontade de ingerir líquidos”, explicou.