O balanço da dengue em Campinas divulgado pela Secretaria de Saúde mostra que houve um aumento do número de casos superior a 300% na comparação com o ano passado. Entre 1º de janeiro e 30 de maio deste ano foram registradas 7.448 confirmações, enquanto que de 1º de janeiro até 14 de junho do ano passado foram 1.794.
Em 7 de abril, uma pessoa morreu em decorrência da doença. No mesmo período foram confirmados oito casos de chikungunya (seis importados e dois autóctones). Até o momento não houve registro de casos de zika.
A região Norte é a que mais tem casos de dengue, com 1.751 registros. Na sequência estão as regiões Sul, Noroeste e Sudoeste, com 1.665, 1.372 e 1.299 casos respectivamente. A Leste tem 1.251 confirmações.
Os locais de abrangência dos centros de saúde Satélite Íris 1, São Vicente, Santos Dumont, Anchieta, Conceição, San Martin e Vila 31 de Março são os que têm maior incidência da doença.
Ações
De 1º de janeiro de 2020 a 30 de abril deste ano, as equipes de saúde realizaram 1.385.541 visitas a imóveis para controle de criadouros. No mesmo período, 391.655 construções localizadas em áreas de transmissões foram nebulizadas.
No entanto, lembra a Prefeitura, a luta contra as arboviroses exige uma contrapartida de toda a sociedade e cada cidadão precisa fazer a sua parte, destinando corretamente os resíduos e evitando criadouros. Levantamento do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) aponta que 80% dos criadouros estão dentro de casa.
Prevenção e sintomas
Para acabar com a proliferação do mosquito é preciso evitar acúmulo de água, latas, pneus e outros objetos. Os vasos de plantas devem ter a água trocada a cada dois dias. É importante, também, vedar a caixa d’água. Os vasos sanitários que não estão sendo usados devem ficar fechados.
Os sintomas da dengue são febre alta, dores nas articulações, nos músculos, atrás dos olhos, dor de cabeça, náuseas, perda de apetite, manchas avermelhadas, entre outros.
“Muitas vezes esses sinais se confundem com outras doenças, inclusive a covid-19. Por isso é importante procurar um serviço de saúde para fazer o diagnóstico e seguir as orientações adequadas ao caso”, disse a diretora do Devisa, Andrea von Zuben.