Os casos de incêndio ao longo das rodovias do estado de São Paulo tiveram um aumento numa comparação com 2023. Levantamento realizado pela CCR AutoBAn, concessionária que administra o sistema Anhanguera-Bandeirantes, apontou uma elevação de 251% no total de atendimentos a focos de incêndio no primeiro semestre de 2024 em relação ao mesmo período do ano passado.
O mesmo estudo foi realizado pelas demais concessionárias que administram outras rodovias do estado e os números apontam sinais de alerta. A rodovia Jornalista Francisco Aguirre Proença (SP-101), por exemplo, que liga Campinas a Monte-Mor, registrou 55 focos ao logo da margem entre janeiro e junho. O local incorpora a maior parte das ocorrências notificadas pela Concessionária Rodovias do Tietê.
Para mudar essa estatística, o governo busca se mobilizar junto com as concessionárias e as administrações municipais. Limpeza em áreas de mato, monitoramento por meio de sistemas de câmeras e integração com as equipes de operação de combate a incêndio são algumas das ações.
“As concessionárias estão empenhadas em reforçar este problema aos seus usuários, buscando não só alertar através dos painéis espalhados pelas rodovias concedidas, mas também em utilizar da tecnologia para evitar a propagação dos incêndios e assim prevenir estragos maiores”, informa a Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp).
Principais causas
Entre os principais fatores que provocam os incêndios estão o lançamento de pontas de cigarro, soltar balões, a queima de lixo, fogueiras ou a utilização de fogo para limpeza de terrenos. “Com o tempo seco e a escassez de chuva, essas ações fazem com que o fogo se alastre rapidamente, o que coloca em risco a viagem dos motoristas nas estradas paulistas”, alertam especialistas.
Dicas de segurança
Ainda de acordo com equipes especializadas, o condutor que se deparar com um incêndio florestal ou situação de queimada na rodovia deve avisar imediatamente o Corpo de Bombeiros (193) ou a Defesa Civil (199), e também acionar o número 0800 da concessionária responsável pela rodovia.
“Ao informar a ocorrência, detalhes como a exata localização do foco ajudam as equipes de socorro a chegarem ao local a tempo para conter as chamas. Além disso, ao cruzar áreas de queimadas, é importante que o motorista adote medidas de segurança, como evitar distrações ao volante, não usar o celular e manter atenção total no percurso”, lembram os especialistas.
Caso o motorista encontre uma “cortina de fumaça espessa” na rodovia, antes de atravessá-la, ele deve checar se ela é visível em toda sua extensão, caso contrário, precisa encostar o veículo, destaca a Artesp, que aponta outras medidas que devem ser tomadas em caso de envolvimento com a situação: fechar os vidros do veículo; trafegar com farol baixo aceso; não se aproximar da ocorrência; não parar na faixa de rolamento; manter distância segura do veículo da frente e não ligar o pisca-alerta com o veículo em movimento.