Além de frear o embalo de duas vitórias consecutivas da Ponte Preta, a derrota por 2 a 1 de virada para o CSA, na noite da última quarta-feira (29), no Estádio Rei Pelé, em Maceió, reavivou o gosto amargo de sair de campo derrotada com um gol sofrido nos acréscimos do segundo tempo.
Este tipo de frustração não acontecia com a Macaca desde o último dia 11 de junho, pela 3ª rodada da Série B, quando a equipe campineira perdeu por 1 a 0 para o Sampaio Corrêa, com gol de Jean Silva, aos 49 minutos do segundo tempo, no Estádio Castelão, em São Luís, no Maranhão. Aquele foi o segundo jogo do técnico Gilson Kleina em seu retorno ao clube alvinegro.
Antes disso, ainda na atual temporada, mas sob o comando de Fabinho Moreno, a Ponte Preta também havia sido derrotada nestas mesmas circunstâncias em um jogo da primeira fase do Campeonato Paulista. No dia 2 de maio, a Macaca perdeu por 2 a 1 para o Ituano, no estádio Novelli Júnior, com um gol aos 53 minutos do segundo tempo, em cobrança de pênalti de Fernandinho. Na ocasião, após cobrança de escanteio aos 49′, o braço do zagueiro Rayan acidentalmente desviou cabeçada com direção ao gol, mas o árbitro ignorou o lance. No entanto, após chamada do VAR para consulta ao vídeo, a penalidade foi assinalada.
Após quase exatos quatro meses, o roteiro se repetiu com os mesmos requintes de crueldade na mais recente partida contra o CSA, em Alagoas, com a diferença de que desta vez o infrator foi o zagueiro Cleylton, que encostou a mão na bola após cruzamento pelo lado direito, aos 47 minutos do segundo tempo. Acionado pelo VAR, o árbitro interpretou a interceptação como ação faltosa e mudou a decisão de campo, marcando o pênalti que acabou sendo convertido por Gabriel, aos 51′.
“Infelizmente, é uma derrota muito sentida pelo jeito que foi assinalado o pênalti. Eu não concordo com a interpretação do árbitro. Sinceramente, o VAR vem para dar justiça, mas eu não sei quem determina um tipo de lance desses. Ele [Cleylton] está defendendo o nosso gol com o quadril e a cabeça para baixo, então como é que ele vai subir com o braço para trás? Não existe isso! A regra diz em abrir a circunferência, mas em momento algum ele quer colocar a mão na bola. Isso não é lance de pênalti, senão é só pegar os atacantes e, em vez de cruzar, começar a achar a mão do defensor. Essa é a minha maior indignação”, esbravejou Gilson Kleina.
Apesar da decepção pela derrota para o CSA, impulsionada pela maneira cruel como aconteceu o gol que decidiu o jogo, a Ponte Preta já viveu três vezes o outro lado da moeda nesta Série B, a começar pela noite do aniversário de 121 anos do clube, no dia 11 de agosto. Na ocasião, a Ponte Preta bateu o Londrina por 2 a 1 de virada, com gol da vitória marcado pelo atacante Moisés, aos 48′ do segundo tempo, no Moisés Lucarelli.
Já no dia 3 de setembro, novamente no Majestoso, a Macaca conquistou outra vitória de virada sobre o Sampaio Corrêa por 3 a 2, com golaço salvador do lateral-direito Felipe Albuquerque, em cobrança de falta da entrada da área que morreu no ângulo.
Por fim, no último domingo (26), mais uma vez dentro de casa, a equipe alvinegra derrotou o Brasil de Pelotas, graças a um gol de João Veras, aproveitando belíssimo cruzamento de Rafael Santos, que voltou a mostrar a sua importância contra o CSA e balançou as redes no Rei Pelé. O gol, no entanto, não adiantou de nada. O torcedor pontepretano ficou desapontado e dormiu com a cabeça inchada, e não é para menos, mas não pode se esquecer de que a reação da equipe nesta Série B não seria a mesma sem a ajuda da placa de acréscimo.
Após realizar treino regenerativo em Maceió, a Macaca está de volta a Campinas e finaliza nesta sexta-feira (1º) a preparação para o duelo contra o Vila Nova, que acontece no sábado (2), em Campinas. Será que a placa de acréscimo será decisiva mais uma vez?