Após a primeira semana de treinamento visando a temporada 2023, o auxiliar-técnico Guilherme dos Anjos faz uma avaliação bastante criteriosa sobre o que a Ponte Preta viveu neste ano e o que projeta para o ano que se aproxima.
Junto com o pai e chefe Hélio dos Anjos, o preparador físico Anderson Nicolau e toda equipe da comissão técnica, o profissional pontuou que em 10 meses de trabalho viveram situações complicadas, mas encararam uma fase de reconstrução de relações dentro e fora de campo da Macaca.
Em entrevista divulgada pelo site oficial da Macaca, Guilherme dos Anjos deixou claro que os planos são ambiciosos para 2023.
Como você avalia o ano de 2022 da Ponte Preta?
Guilherme dos Anjos – “Foi um ano bastante turbulento, mas também de muito aprendizado para todos. Somos responsáveis por tudo o que ocorre no clube. Mesmo não estaNdo aqui desde o início da temporada, tivemos dificuldades muito grandes no primeiro turno (da Série B). Mas, o tempo que nos foi dado pela diretoria que permitiu que a partir do segundo semestre, as coisas começassem a melhorar. As chegadas de alguns jogadores pontuais contribuíram muito para nossos objetivos fossem alcançados”, pontuou o profissional em entrevista divulgada no site oficial da Macaca.
Iniciando uma nova temporada, vocês da comissão técnica agora poderão colocar seus métodos e pensamentos de trabalho desde o início. O que pode melhorar?
Vamos encarar um campeonato diferente, mas nossa atitude não será diferente. Veremos nosso time com uma entrega absurda, algo que ficou muito marcado em nossa equipe neste ano de 2022. A projeção para o ano que vem, respeitando demais todos os nossos adversários, é que a Ponte Preta não pode entrar em campo sem pensar em ser campeã. Nosso objetivo é esse e os atletas sabem disso. Mas, para que isso ocorra, é preciso respeito e comprometimento total dos atletas.
E como isso pode ser feito?
Existe um processo didático. Taticamente vamos evoluir dentro daquilo que a gente acredita que será nosso processo de trabalho. Temos total responsabilidade, mas também liberdade total de contar com jogadores que entendemos serem o ideal. Vamos ver uma equipe diferente do que era, mas com a mesma intensidade e compacto como sempre foi. Pretendemos melhorar as opções de jogo. Queremos melhorar a quantidade de vezes que nosso time pisa na área adversária.
Sabendo a Ponte terá uma competição diferente e com muito mais responsabilidade logo de cara, como vocês projetam conseguir o melhor equilíbrio emocional da equipe?
A maneira como a gente vai jogar intensamente, visualmente, poderá aparentar risco, mas isso é pensado e desenvolvido diariamente com os atletas. É fundamental ter tranquilidade para tomar decisões dentro de campo. Mentalmente, é preciso estar frio para tomar a decisão correta dentro da questão tática.
Nessa semana, vocês da comissão completam 10 meses de trabalho na Ponte Preta. Como você avalia este período?
Foi um período de muita intensidade. Tivemos problemas, dificuldades, mas a diretoria do clube nos deu tempo para criar uma cultura de trabalho. E isso foi sensacional. Tornou a convivência intensa, mas houve uma resposta muito boa de todos.
Como foi a postura do torcedor neste ano e qual recado que fica para o próximo ano?
A participação do torcedor da Ponte foi interessante. Existia uma preocupação natural por conta da necessidade de resultados, mas o que precisa ser exposto é o lado positivo do jogo. O ápice de 2022 foi o clássico (Dérbi). Desde lá, a torcida esteve numa absurda crescente. O torcedor se envolveu com o time e a gente se envolveu com o torcedor. A história de um clube é feita pelas pessoas e essas pessoas somos todos nós aqui. O torcedor será fundamental para nossa conquista maior que, respeitando os adversário, é ser campeão da A2.