25 de fevereiro. Exatamente nesta data, só que em 1987, Guarani e São Paulo protagonizaram uma das mais emocionantes decisões da história do Campeonato Brasileiro. Quem viveu, não esquece. E quem não teve esse privilégio, certamente já ouviu falar daquele jogo inesquecível recheado de gols, reviravoltas e polêmicas, que terminou com título do Tricolor Paulista nos pênaltis, após empate em 3 a 3 na soma do tempo normal com a prorrogação.
O grande herói daquela histórica conquista são-paulina em pleno estádio Brinco de Ouro da Princesa, em Campinas, foi o centroavante Careca, que balançou as redes no último minuto da prorrogação para empatar o duelo e impedir o título que já parecia certo do Bugre, seu ex-time. Na época, os dois clubes lutavam pelo bicampeonato nacional.
Neste domingo (25), às 20h, Guarani e São Paulo voltam a se enfrentar na mesma data e no mesmo local da lendária decisão do Campeonato Brasileiro de 1986, disputada há exatamente 37 anos, no dia 25 de fevereiro de 1987, no estádio Brinco de Ouro da Princesa, em Campinas. A partida de hoje é válida pela 10ª rodada do Campeonato Paulista.
O Campeonato Brasileiro de 1986 deixou uma chaga incurável no coração dos torcedores bugrinos e uma marca eterna na memória dos são-paulinos, especialmente para aqueles que eram jovens na época e ainda começavam a torcer pelo clube do Morumbi, caso do hoje consagrado ator e diretor Selton Mello, que tinha apenas 14 anos de idade em 1987.
O lado torcedor do astro, atualmente com 51 anos, é um dos assuntos abordados em sua recente autobiografia “Eu Me Lembro”, lançada no fim do ano passado. Em um dos capítulos do livro, onde responde a perguntas do ex-jogador e ídolo são-paulino Raí, um dos 40 personagens ilustres que ajudam o autor a abrir a caixa de memórias, Selton Mello conta que a paixão pelo São Paulo foi selada justamente após aquele título brasileiro conquistado sobre o Guarani.
Segundo conta o artista, a identificação com o São Paulo vinha desde o início dos anos 80, quando ele se encantou com as cores do uniforme tradicional do clube. “Eu acho que começou pela estética. Eu gostei da camisa branca com as faixas vermelha e preta. Hoje em dia, as camisas de times de futebol são muito cheias de invenção. Faz o básico, porque bonito é o básico”, opina Selton, no livro.
A simpatia pelo goleiro Waldir Peres, titular da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1982, também teve um peso na escolha para torcer pelo São Paulo. “Um ídolo. Na rua, na hora de brincar, eu tinha a camisa cinza dele. Gostava de jogar no gol, de me sentir o Waldir Peres”, lembra Selton.
“E aí começou uma paixão grande pelo São Paulo, porque era o goleiro da seleção e do tricolor. E aí veio a fase do Careca. O Careca e Müller me pegaram, ali acabou. Fechou o contrato. Foi quando virei são-paulino de coração”, revela Selton.
“Teve um jogo, uma final contra o Guarani, antigo time do Careca. Um jogo daqueles disputado, ele resolveu a parada. Ali eu chorei pela primeira vez por um clube – porque pela seleção eu já tinha chorado, mas agora era um choro de alegria e de amor por um clube, o clube que eu escolhi para torcer”, conta Selton Mello, em sua recém-lançada autobiografia.
“Virei aquele cara que mora no Rio, é mineiro e torce pelo São Paulo. E assim foi. Eu sigo fiel ao São Paulo. Está aí uma prova de fidelidade enorme, né? Por exemplo, meu pai é cruzeirense, originalmente. Mas desde que ele se mudou pro Rio, virou um flamenguista doente. Ele arrumou um time aqui”, compara Selton, em seu livro de memórias.
Mais detalhes sobre a relação de Selton Mello com futebol, entre outras curiosidades que permeiam a trajetória do artista, estão presentes em sua autobiografia “Eu Me Lembro”, da Editora Jambô. Para comprar, clique aqui: https://jamboeditora.com.br/produto/selton-mello-eu-me-lembro/
Outra dica de leitura, tendo a histórica decisão entre Guarani e São Paulo como principal tema, é o livro “O dia em que me tornei são-paulino”, escrito pelo próprio ator Selton Mello, lançado em 2007, pela editora Panda Books. Para comprar, clique aqui: https://www.pandabooks.com.br/panda-books/o-dia-em-que-me-tornei-sao-paulino
Guarani e São Paulo duelam no aniversário de 37 anos da final do Brasileiro de 1986