Faça Deus a mulher e o homem. E assim nasci. E só depois de muitas décadas entendi o propósito da mulher. Ou melhor, não entendi e não entendo coisa nenhuma de mulher. Apenas agradeço seus carinhos de namorada e a solidão do adeus.
Nem triste, sem raiva, o homem deve ser o senhor de seu corpo e alma, da paixão, da poesia, sem entender nada da mulher que desapareceu da sua mesa existencial e buscou outros caminhos e carinhos.
E assim se põe o Sol dos homens que foram amados por algum tempo, embriagados de vinho, canções e esperança. E assim são as mulheres que ofereceram carinhos a quem tanto necessitava… e assim desapareceram.
Nada mais sublime a mulher dedicar um momento de sua vida a um homem, mesmo que seja um naco de amor. E que seja o homem abandonado agradecer a honra de ter recebido o seu quinhão de amor em um momento da sua vida.
A mulher é uma senhora de forjar covardes para uma guerra e amansar os guerreiros para viver tempos de paz. Carne, ossos, nervos, a mulher tudo cria em nome da Natureza. E ela está em todos os cantos da vida dos homens. E são sábias quando se zangam diante do fogão, do tanque no quintal e, mais que isso, quando se enfeitam para mais um baile da vida, um novo amor, uma nova conquista. E a vida é apenas isso. E assim digo de homem para mulher.
Bom dia.
Zeza Amaral é jornalista, escritor e músico