A Secretaria de Saúde de Campinas divulgou nesta terça-feira (12), o 29º Alerta de Dengue em Campinas e apontou mais 17 novas áreas com risco de transmissão da doença nas cinco regiões da cidade.
De acordo com a coordenadora do Programa Municipal de Arboviroses, Heloísa Malavasi, os números de dengue estão dentro das expectativas para o período, mas alerta que a incidência de casos confirmados teve um aumento significativo nos últimos 20 dias. De acordo com a secretaria de saúde, a maioria dos criadouros está dentro das casas.
Balanço divulgado na semana passada pela secretaria de saúde, já mostrou uma tendência de aumento. Segundo o levantamento, a incidência de casos confirmados de dengue em Campinas havia quadruplicado em menos de um mês.
No boletim do dia 14 de março, eram 11 a cada 100 mil habitantes, enquanto que no balanço divulgado na última quarta-feira (6) chegou a 44 para cada 100 mil habitantes.
Levantamento feito em um laboratório de Campinas – o Ramos Medicina Diagnóstica – atualizado nesta terça-feira (12), mostra o crescimento vertiginoso dos casos positivos.
Segundo a empresa, foram 275 exames realizados em janeiro deste ano, com um índice de 3% de positividade. Em março o número de exames subiu para 771 exames, com taxa de positivos de 37%. Em abril, até o momento, já são 554 exames, com positividade de 40%.
No ano passado, os números de positivos foram baixos no laboratório: em fevereiro não teve resultado positivo e em março e abril, a média de positividade ficou em 7%.
Novas áreas
As novas áreas de transmissão foram detectadas pela secretaria de saúde nas cinco regiões da cidade. Na região Norte, a ocorrência foi registrada nos bairros Cidade Universitária I, Parque Fazendinha e Parque Santa Bárbara.
Na Sul, foram mais quatro locais: Jardins Campo Belo e Carlos Lourenço e as Vilas Rica e Georgina.
Na região Leste, são mais quatro: Jardim Conceição, Jardim Flamboyant, Vila 31 de março e Vila Itapura. Outras quatro áreas, na região Sudoeste: Nos jardins Aeroporto, São João e São Pedro de Viracopos e no Núcleo 28 de fevereiro.
E, na Noroeste, a incidência foi registrada no Jardim Rossin e no Satélite Íris IV.
“A dengue tem um fator sazonal que inclui condições climáticas como temperatura e quantidade de chuva. E todo ano, entre os meses de março a maio, há um aumento de casos, sendo abril o mês com maior incidência. Isso exige cuidados redobrados em relação ao controle de criadouros por parte da população”, diz Heloísa Malavasi.
“Assim que uma nova área é identificada, a Prefeitura intensifica as ações de controle do mosquito na região, mas precisamos da parceria da população para que faça o controle de criadouros, impedindo que novos mosquitos nasçam”, informou a coordenadora.
Ainda de acordo com ela, o aumento é esperado, mas é preciso que as pessoas fiquem atentas aos criadouros e, em caso de sintomas, procurem os serviços de saúde. Os sinais de dengue são febre, dores no corpo, náusea ou vômitos, dor de cabeça, dor nos olhos ou dor nas articulações.
Responsabilidade
A Prefeitura garante que mantém um programa de controle e prevenção da doença, mas lembra que cada cidadão precisa fazer a sua parte, destinando corretamente os resíduos e evitando criadouros. Levantamento do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) aponta que 80% dos criadouros estão dentro de casa.
Segundo o órgão, de 1º de janeiro de 2020 a 28 de fevereiro deste ano, as equipes de saúde realizaram 1.272.928 visitas a imóveis para controle de criadouros. No mesmo período, 330.478 construções localizadas em áreas de transmissões foram nebulizadas.
Para acabar com a proliferação do mosquito é preciso evitar acúmulo de água, latas, pneus e outros objetos. Os vasos de plantas devem ter a água trocada a cada dois dias. É importante, também, vedar a caixa d’água. Os vasos sanitários que não estão sendo usados devem ficar fechados.
Mais informações
O hotsite https://dengue.campinas.sp.gov.br traz mais informações e mostra como colaborar no combate ao Aedes aegypti.