Campinas confirmou os primeiros casos de dengue na cidade causados pelos sorotipos 2 e 3 do vírus, que não circulavam desde 2021 e 2009, respectivamente. De acordo com a Secretaria de Saúde, as amostras de sangue de três pacientes foram analisadas pelo Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo.
As moradoras diagnosticadas com os sorotipos 2 e 3 da dengue foram atendidas por serviços de saúde particulares em Campinas e evoluíram para cura.
Uma das mulheres diagnosticadas com sorotipo 2 tem 39 anos, fez coleta de exame em 3 de janeiro e reside na região Sudoeste. A outra tem 37 anos, coletou exame em 10 de janeiro e mora na região Leste. Já a paciente com infecção do sorotipo 3 é uma adolescente de 14 anos, moradora da região Suleste e a coleta de exame foi feita em 18 de janeiro.
Como o Adolfo Lutz avalia somente alguns casos para saber o sorotipo, não é possível afirmar se estas foram as primeiras infecções em Campinas para os subtipos 2 e 3, nem precisar a quantidade de casos de cada um.
Desde 1º de janeiro a cidade registra 1.949 infectados e nenhum óbito. A atualização das estatísticas foi realizada pela Saúde na terça-feira, 6 de fevereiro.
“Esta é a primeira vez em que três sorotipos da dengue circulam de maneira simultânea em Campinas, o que aumenta o risco de casos graves e de as pessoas se infectarem com um vírus que não têm imunidade”, alertou a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa), Andrea von Zuben.
Balanço
Só nos 37 primeiros dias deste ano, a cidade registrou 1.949 casos, o que representa 17% do número de casos registrados em todo ano de 2023. As informações são do último balanço da secretaria municipal de Saúde – que foi divulgado nessa terça-feira. Ainda de acordo com a Prefeitura, não há mortes devido à dengue em 2024
Quem são os mais vulneráveis?
Os grupos mais vulneráveis para os sorotipos 3 e 4 são crianças, adolescentes e adultos que não tiveram contato com a doença e com estes sorotipos. Há risco maior de dengue grave quando uma pessoa é infectada por tipo diferente ao anterior.
Segundo a secretaria, não houve identificação do sorotipo 4 do vírus da dengue em Campinas. Ele não é registrado na cidade desde 2014, mas já causou infecções em outros municípios.
Orientações sobre assistência
Caso o morador tenha febre e mais dois sintomas associados (dor de cabeça, dor no corpo, náusea, vômito, manchas no corpo, dor articular, dor atrás dos olhos), ele deve procurar um centro de saúde de Campinas para receber atendimento e orientações.
Por outro lado, se apresentar tontura, dor de abdominal muito forte, vômitos repetidos, suor frio e sangramentos, a busca por auxílio deve ser feita em pronto-socorro ou em UPA.