No dia 14 de novembro o mundo se mobiliza para a conscientização e combate a diabetes, doença que atinge 15,7 milhões de pessoas adultas no Brasil. Este número, que pode chegar a 23,2 milhões até 2045, coloca o país na sexta posição entre as nações com maior incidência de diabetes no mundo e o primeiro na América Latina, segundo o Atlas do Diabetes 2021, divulgado pela Federação Internacional de Diabetes (IDF).
Um estudo recente divulgado pelo T1D Index aponta que com diagnóstico precoce e melhorias no tratamento, é possível aumentar a expectativa de vida e devolver 33 anos saudáveis às pessoas portadoras da doença.
O tipo 2 de diabetes é a forma mais comum de diabetes no Brasil, representando cerca de 90% dos casos.
A doença é mais prevalente entre adultos com mais de 45 anos, mas tem aumentado entre crianças e adolescentes e por isso a doença tem gerado mobilização para a prevenção, o diagnóstico precoce e o controle dessa doença.
“O diabetes é uma condição metabólica que ocorre quando o corpo não produz insulina suficiente para a quantidade de açúcar consumida ou não a utiliza de forma adequada. Isso resulta em níveis elevados de glicose no sangue, o que pode levar a complicações graves, como problemas cardíacos, renais, oculares e neuropatias. Ainda que seja uma doença com complicações que podem vir a ser graves, com o diagnóstico correto é possível controlar a doença e garantir uma boa qualidade de vida”, explica o médico endocrinologista do Sabin Diagnóstico e Saúde, Wilson Cunha Junior.
Os sintomas da diabetes variam de acordo com o tipo da doença. Em comum entre eles é possível identificar fome frequente, sede excessiva e vontade de urinar exagerada, várias vezes ao dia.
Portadores do tipo 1 apresentam fraqueza, fadiga, mudanças de humor, náusea e vômito, enquanto os do tipo 2 tem formigamento nos pés e mãos, infecções, feridas que demoram para cicatrizar e visão embaçada.
“Os exames auxiliam na identificação e monitoramento do diabetes”, complementa Cunha, ressaltando que “os testes proporcionam maior precisão no quadro clínico de cada paciente e são indicados para diagnosticar e monitorar a doença, podendo apresentar a confirmação do caso, alterações no índice glicêmico e nível de hemoglobina glicada”.
O acompanhamento médico regular é fundamental, especialmente para indivíduos com histórico familiar de diabetes, obesidade, hipertensão arterial e colesterol elevado, grupo mais propenso a desenvolver a doença.
A primeira linha de defesa para se prevenir da diabetes é um conjunto de estratégias, como a prática de atividades físicas, adoção de hábitos e alimentação saudáveis, evitar o consumo de álcool, tabaco e outras drogas.
De acordo com Leonardo Demambre Abreu, coordenador médico da Amparo Saúde, empresa do Grupo Sabin, é imprescindível adotar uma rotina de atenção com a saúde e buscar os cuidados que ajudam a controlar a taxa de açúcar no organismo.
“O diagnóstico, tratamento e o monitoramento são feitos através de consultas de rotina com uma equipe multidisciplinar e exames laboratoriais que são fundamentais no acompanhamento integral do paciente. Contamos com os avanços da medicina e suas possibilidades para detectar o risco ou o Diabetes tipo 2 já estabelecido permitindo intervenções para evitar ou controlar o excesso de açúcar no sangue e as temidas manifestações crônicas irreversíveis da doença”, acrescenta o médico.
Diagnóstico
O maior desafio no tratamento do diabetes atualmente é a falta de diagnóstico. Por ser uma doença silenciosa, estima-se que 50% das pessoas que têm diabetes tipo 2 não sabem que são portadoras da doença, e só recebem o diagnóstico em um estágio avançado de complicações.
Endocrinologista do Vera Cruz Hospital, Marcelo Miranda destaca que as doenças crônicas estão se tornando cada vez mais comuns na vida das pessoas, especialmente em função dos hábitos pouco saudáveis.
“A má alimentação, o sedentarismo, tabagismo e estresse contribuem para o desenvolvimento de doenças como o diabetes e suas complicações. A boa notícia é que 50% dos casos podem ser evitados a partir de escolhas certas e mudanças em hábitos nocivos”, destaca.
Principais sintomas do diabetes tipo 1:
– Vontade de urinar diversas vezes;
– Fome frequente;
– Sede constante;
– Perda de peso;
– Fadiga;
– Nervosismo;
– Mudanças de humor;
– Náusea e vômito.
Principais sintomas do diabetes tipo 2:
– Infecções frequentes;
– Alteração visual (visão embaçada);
– Dificuldade na cicatrização de feridas;
– Formigamento nos pés;
– Furúnculos