O número de golpistas da região de Campinas presos durante os atos terroristas na Praça dos Três Poderes, em Brasília (DF), subiu para 13, conforme atualização das listas divulgadas pelo governo do Distrito Federal (DF).
A Polícia Federal divulgou nota na noite desta quarta-feira (11) informando que qualificou, interrogou e prendeu 1.159 pessoas pelos atos golpistas que aconteceram em Brasília no domingo (8), quando houve a depredação e vandalismo nos prédios do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal (STF) e no Palácio do Planalto. Essas prisões se somam a 209 efetuadas pelas polícias Militar e Civil do Distrito Federal no próprio domingo.
Esses presos vão responder, na medida de suas responsabilidades, por crimes de terrorismo, associação criminosa, atentado contra o Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, perseguição, incitação ao crime, dentre outros. Eles foram entregues para a Polícia Civil do Distrito Federal, responsável pelo encaminhamento ao Instituto Médico Legal e, posteriormente, ao sistema prisional.
Na região, há um morador de Americana, dois de Nova Odessa, quatro de Sumaré, dois de Limeira, um de Jaguariúna, dois de Campinas e, por fim, um de Mogi Guaçu. São pessoas que trabalham como operador de máquina, autônomo, técnico em logística, manicure, cabeleireira e vendedora, entre outras profissões.
No trabalho das autoridades para identificar os participantes e financiadores do ato golpista em Brasília, quase 100 ônibus já foram apreendidos na Capital Federal até esta segunda-feira (9), seis deles com placas de cidades da região de Campinas. Segundo a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal, são três coletivos com placas de Limeira, um de Hortolândia, um de Indaiatuba e um de Piracicaba.
O Hora Campinas identificará apenas com as iniciais até que as audiências de custódia e os processos criminais sejam consolidados:
DEPD, 41 anos, morador de Sumaré
GBS, 49 anos, de Sumaré
CASN, 37 anos, de Sumaré
CPO, 55 anos, morador de Sumaré
HWR, 57 anos, morador de Nova Odessa
RCBG, 55 anos, morador de Jaguariúna
CGR, 28 anos, moradora de Campinas
EPSS, 37 anos, moradora de Campinas
MAM, 51 anos, moradora de Americana
MMS, 51 anos, moradora de Mogi Guaçu
SASR, 46 anos, moradora de Limeira
MPA, 35 anos, de Limeira
DRA, 54 anos, morador de Nova Odessa
Servidora exonerada
O Diário Oficial do Estado de São Paulo (DOE) trouxe em sua edição desta quinta-feira (12) a exoneração de uma educadora que exercia a função de diretora de uma escola estadual. A decisão é decorrente da participação dela nos ataques terroristas do último domingo. Ela não está presa, conforme lista da Segurança Pública do DF, e teria retornado a Campinas.
A identificação da servidora YSO como uma golpista gerou indignação entre colegas de colégio e autoridades regionais de ensino. Ela é professora de Geografia e, desde 2015, como docente da Educação Básica II, exercia a função de diretora. A portaria da Diretoria Regional de Ensino Oeste cessa a gratificação por regime de dedicação exclusiva. YSO segue como docente, mas responderá um processo administrativo.