Com uma história carregada de embates marcantes e jogos decisivos, o confronto entre Palmeiras e Ponte Preta viverá mais um capítulo neste próximo sábado (16), quando as equipes se enfrentam em partida única, na Arena Barueri, pelas quartas de final do Campeonato Paulista. Este será o quarto mata-mata entre os dois clubes neste século, com vantagem para o time da capital paulista, em 2008 e 2020, e uma classificação da equipe do futebol campineiro, em 2017.
Em 2008, Ponte e Palmeiras decidiram o Paulistão e o Verdão faturou o caneco, vencendo o jogo de ida por 1 a 0, no estádio Moisés Lucarelli, em Campinas, e goleando por 5 a 0, na partida de volta, no Palestra Itália, em São Paulo. Na época, o Palmeiras saiu de uma fila de 12 anos sem troféu estadual – não vencia desde 1996, sob o comando Vanderlei Luxemburgo, justamente o técnico responsável por quebrar o jejum.
Em 2017, veio a revanche da Macaca nas semifinais, com vitória por 3 a 0 no primeiro jogo, no Majestoso, e classificação à grande decisão, mesmo com derrota por 1 a 0, na volta, no Allianz Parque. No entanto, a equipe alvinegra então comandada pelo técnico Gilson Kleina não foi páreo para o Corinthians, seu grande carrasco histórico em finais estaduais.
Mais recentemente, em 2020, o Palmeiras deu o troco e eliminou a Ponte, também nas semis, com vitória por 1 a 0 em jogo único no Allianz. O atual treinador pontepretano João Brigatti era o comandante da Macaca naquela ocasião. Classificado para a grande final, o Verdão conquistou o troféu em cima do Corinthians e saiu novamente de uma fila de 12 anos sem título paulista, mais uma vez com Luxemburgo no comando.
Agora, em 2024, a Macaca terá um desafio ainda maior pela frente, já que precisará superar nada menos do que uma equipe multicampeã nos últimos anos. Sob o comando do técnico português Abel Ferreira, há três anos e meio no cargo, o Palmeiras se sagrou bicampeão paulista (2022 e 2023), bicampeão brasileiro (2022 e 2023) e bicampeão da Libertadores (2020 e 2021), além de campeão da Copa do Brasil (2020), da Supercopa do Brasil (2023) e da Recopa Sul-Americana (2022).
Nesse sentido, o cenário é semelhante ao do primeiro encontro entre as equipes na história do Campeonato Paulista, contando apenas edições organizadas pela Federação Paulista de Futebol (FPF), fundada em 1941.
Em 1951, recém-promovida e estreante na primeira divisão estadual, a Macaca desbancou um verdadeiro esquadrão alviverde, comandado pelo técnico uruguaio Ventura Cambón, que ostentava a honrosa alcunha de “Campeão das Cinco Coroas”, pois vinha das conquistas do Campeonato Paulista, do Torneio Rio-São Paulo, da Taça Cidade de São Paulo (duas vezes) e da Copa Rio. Esses cinco títulos representavam um feito inédito no futebol paulista.
A histórica vitória pontepretana por 3 a 1 sobre o Palmeiras foi conquistada diante de mais de 20 mil torcedores no estádio Moisés Lucarelli, em Campinas, no dia 5 de agosto de 1951. Os três gols pontepretanos foram marcados pelo centroavante Isaldo. No dia 22 de julho, portanto duas semanas antes de visitar Campinas e perder para a Ponte no Majestoso, no primeiro duelo oficial entre as equipes, o Palmeiras havia se sagrado campeão intercontinental sobre a Juventus, da Itália, no Maracanã.