49 pontos e 12 vitórias. Por uma incrível coincidência, essas foram as campanhas da Ponte Preta nas duas últimas edições da Série B, tanto em 2021 quanto em 2022. E essa não é a única semelhança entre os desempenhos mais recentes da Macaca no Campeonato Brasileiro.
Assim como aconteceu no ano passado, quando Gilson Kleina comandou a equipe alvinegra do início ao fim da competição, desta vez o técnico Hélio dos Anjos esteve à frente da Ponte Preta ao longo de todas as 38 rodadas da Série B, encerrada no último domingo (6).
Com campanhas idênticas, os dois treinadores cumpriram a missão de salvar a Ponte Preta do rebaixamento, mas não conseguiram deixar a equipe fora da parte de baixo da tabela. A única diferença se deu na colocação final. Com Kleina, a Macaca terminou na 11ª posição, enquanto a Ponte de Hélio ficou em 12º lugar.
Desta forma, a Ponte Preta completou duas edições consecutivas de Campeonato Brasileiro sem nenhuma troca de treinador no meio do torneio. Essa façanha não acontecia há quase 20 anos.
Voltemos no tempo. Em 2002, Vadão comandou a Ponte durante todas as 25 rodadas da Série A (na época, o campeonato tinha 26 equipes e apenas um turno) e, em 2003, seu sucessor Abel Braga também completou a maratona de jogos sem perder ou deixar o cargo, resistindo a longas 46 rodadas.
Depois disso, apenas Gilson Kleina, em 2011, e Eduardo Baptista, em 2016, ocuparam o posto de treinador da Ponte Preta durante todo o período de disputa do Campeonato Brasileiro.
Há 11 anos, na primeira passagem de Kleina pelo Majestoso, a Macaca conquistou o acesso à Série A. Já seis anos atrás, sob o comando do filho de Nelsinho Baptista, a equipe alvinegra obteve seu melhor desempenho na história do Brasileirão, no sistema de pontos corridos: 8ª colocação, com 53 pontos.
Hélio dos Anjos, o 3º técnico mais longevo da Série B
Contratado em fevereiro deste ano, após a demissão de Gilson Kleina durante o Campeonato Paulista, sem conseguir evitar o trágico rebaixamento à Série A2, Hélio dos Anjos aparece como o terceiro técnico mais longevo dentre todas as equipes que disputaram a Série B desta temporada.
Ele só está atrás de Claudio Tencati, que dirige o Criciúma desde outubro do ano passado, e do uruguaio Paulo Pezzolano, que chegou ao Cruzeiro em janeiro deste ano e conduziu a equipe mineira de volta à Série A após três anos, com direito à conquista do título da Série B.
Comandados por Adilson Batista e Léo Condé, respectivamente, Londrina e Sampaio Corrêa também não trocaram de comando durante a disputa da Série B, mas os dois treinadores assumiram em março.
Incluindo na conta os times da Série A, os técnicos Maurício Barbieri, do Red Bull Bragantino, e o português Abel Ferreira, do Palmeiras, figuram como os treinadores com mais tempo de trabalho, nesta ordem. Recentemente, ambos completaram dois anos no comando de suas respectivas equipes. O treinador argentino Juan Pablo Vojvoda, do Fortaleza, vem logo atrás
Com contrato renovado para o ano que vem, Hélio dos Anjos pode até se tornar o técnico mais longevo do futebol brasileiro, caso cumpra o novo vínculo firmado com a Ponte Preta, que se estende até o fim da próxima Série B. Será?