O público de Campinas poderá assistir a partir desta semana o documentário “Jolumá Britto: A Voz de Campinas”, que conta a trajetória de um jornalista e historiador autodidata que inovou e marcou o jornalismo e a literatura campineira em grande parte do século XX.
O documentário foi aprovado pelo Fundo de Investimentos Culturais de Campinas (FICC ), da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo e será exibido no Centro de Cultura, Letras e Artes (CCLA) e em Centros de Artes e Esportes Unificados (CEUs) da cidade.
A estreia será na próxima quarta-feira (29) no CCLA, com outras projeções marcadas para o CEU Florence na quinta-feira (30) e no CEU Vila Esperança dia 1º de dezembro, sexta-feira.
O projeto também prevê o oferecimento de oficinas com o diretor Flávio Carnielli, que abordará técnicas para a produção de curtas-metragens nos mesmo dias das exibições. As entradas são gratuitas.
As oficinas abordarão, de forma introdutória, todos os processos de produção de um curta-metragem, desde a organização da pré-produção, passando pela captação até a finalização e oferece aos alunos o primeiro passo para ingressar no audiovisual, demonstrando que o cinema é uma arte acessível a todos mesmo com poucos recursos.
Flávio Carnielli é mestre em História pela Unicamp, sendo um dos mais reconhecidos e premiados roteiristas e diretores de cinema independente do Interior de São Paulo.
Testemunha dos fatos
Como jornalista, Jolumá Britto acompanhou, em suas colunas na Gazeta de Campinas e no Diário do Povo, as transformações urbanas e sociais que modificaram a cidade a partir dos anos 1930 e, principalmente, após 1950.
Foram transformações drásticas, por vezes polêmicas, que misturavam a euforia da formação de uma verdadeira metrópole com o lamento pela perda de marcos simbólicos e pela mudança de hábitos em um curto período de tempo.
Como historiador, Jolumá Britto foi mais que uma “testemunha ocular”, foi também um agente dessas transformações, responsável por criar e popularizar, através da história e de 28 livros, uma identidade de Campinas que permaneceu por muitos anos como a única imagem possível da cidade.
“Jolumá Britto amava Campinas e pode-se dizer que Campinas amava o Jolumá. Durante quase cinco décadas, ele teve uma presença marcante na vida da cidade. Autodidata e polivalente, foi radialista pioneiro nas transmissões esportivas, poeta, ator de radionovela, comediógrafo, colecionador, incentivador do futebol local, cronista/comentador e historiador da cidade. Tudo isso junto com seu emprego como tabelião de cartório no 2º Registro de Imóveis de Campinas”, conta Flávio Carnielli, autor do documentário “Jolumá Britto: A Voz de Campinas”.
O diretor Flávio Carnielli escreveu, produziu, dirigiu e editou cinco curtas-metragens, um documentário e três longas, exibidos em mais de 50 cidades e 10 países. Seus curtas “Eternidade” e “Boneca” receberam diversos prêmios e menções em festivais nacionais e internacionais e seu último trabalho, “Antônia”, recebeu mais de 15 prêmios desde 2020, dentre eles o de melhor curta nacional na Mostra Crash e no Festival Boca do Inferno, melhor direção, melhor fotografia e desenho de som no Morce-GO Vermelho e melhor fotografia no Festival de Caruaru.
Em 2021, lançou o longa-metragem “Fórmula Selvagem”, que é parte do 23º BAFICI (Festival Internacional de Cinema Independente de Buenos Aires), um dos maiores festivais de cinema da América Latina. Atualmente produz o curta-metragem ‘’Guerra Civil”, contemplado pelo Proac-SP.
Serviço:
Exibições do documentário “Jolumá Britto: A Voz de Campinas”
Entrada gratuita todos os dias
Data: 29 de novembro
Horário: 19h30
Local: Centro de Ciências, Letras e Artes (CCLA) – Rua Bernardino de Campos, 989 – Centro, Campinas
Data: 30 de novembro
Horário: 9h
Local: CEU Mestre Alceu (R. Lasar Segal, 110 – Jardim Florence, Campinas)
Oficina: 14h às 16h
Data: 01 de dezembro
Horário: 9h
Local: CEU Thaís Fernanda Ribeiro (Rua Demerval da S Pereira, s/nº – Lot. Vila Esperança)
Oficina: 14h às 16h