A ABAL Campinas e o Centro de Ciências Letras e Arte (CCLA) rememoram o nascimento da icônica artista Niza de Castro Tank nesta sexta-feira (1 de março), a partir das 19h30. Na programação haverá palestra de Alcides Acosta sobre a saudosa e extraordinária soprano, bem como algumas narrativas sobre a vida e o trabalho de Niza de Castro Tank. Ela morreu em 24 de abril de 2022, aos 91 anos.
O evento acontece no CCLA, à Rua Bernardino de Campos, 989, Centro.
Amigos e ex-alunos como João Gabriel Bertolini e José Francisco da Costa darão depoimentos de sua convivência artística com a grande Diva, que se destacou como uma das maiores ntérpretes e divulgadora da música do maestro Antônio Carlos Gomes.
“Todos estão convidados para este momento cultural onde o objetivo é enaltecer o significado de Campinas e contar com uma história única: ter gerado o maior compositor de ópera das Américas do século 19, Carlos Gomes, e abrigado essa célebre soprano lirico-leggero (coloratura), Niza Tank”, afirma Alcides Acosta.
Confira o documentário:
O evento inclui também o documentário realizado por Ariane Porto e Teresa Aguiar focalizando aspectos da carreira da renomada soprano.
O comunicador cultural Eduardo Florence, mantenedor da página de Niza Tank na mídia social, promove juntamente com a ABAL Campinas e o CCLA, presidido por Alcides Acosta, este evento cultural.
Biografia
Niza de Castro Tank nasceu no dia 1° de março de 1931 e foi a primeira soprano a interpretar “Ceci”, enamorada do índio “Peri” na ópera Il Guarany, de Carlos Gomes. O sucesso da cantora na década de 1950 mexeu com as bases da música erudita. Ela foi descoberta pelo maestro Armando Belardi, que a colocou no elenco de solistas do programa lírico da Rádio Gazeta, de São Paulo.
Daí, a sua primeira apresentação no Teatro Municipal de São Paulo, em 1957, marcou a próxima etapa da trajetória da grande artista.
Niza cantou em teatros de Israel, Rússia, Alemanha, Itália e Uruguai. Sua carreira operística obteve destaque nacional e internacional, considerada como a intérprete incomparável da personagem CECI, em IL GUARANY.
A primeira gravação desta ópera foi pelo selo da Chantecler, sob a regência de Armando Belardi, figurando no elenco também o tenor Manrico Patassini (Pery) e Paulo Fortes (Gonzalez).
Niza cantou óperas nos palcos dos Theatros Municipais de São Paulo e do Rio de Janeiro, no papel feminino principal de Rigoletto e La Traviata, de G. Verdi; Lakmé, de L. Delibes; O Galo de Ouro, de Rimsky-Korsakov; A Noite do Castelo, Condor, Lo Schiavo e Il Guarany, de Carlos Gomes, entre outras.
Doutora em Música especializou-se com tese sobre Carlos Gomes.
Quando a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) criou a cadeira de canto no Departamento de Música, apesar de estar com tudo acertado para assumir uma vaga de docente na Universidade de Brasília (UnB), Niza mudou de ideia ao ser convidada pelo então diretor do departamento, o maestro Benito Juarez, optando por conduzir o curso na Unicamp, no Instituto de Artes da universidade.
Niza e Ariane Porto, cineasta que com Terezinha Aguiar produziu o documentário “As Jóias da Princesa – Niza de Castro Tan
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