O movimento Passe Livre pela Democracia conseguiu que as 27 capitais brasileiras e vários municípios espalhados pelo país aderissem à gratuidade do transporte público neste domingo (30), quando acontece o segundo turno das eleições. Na Região Metropolitana de Campinas (RMC), o transporte de eleitores será gratuito em 14 cidades: Campinas, Vinhedo, Holambra, Cosmópolis, Hortolândia, Arthur Nogueira, Monte Mor, Morungaba, Sumaré, Pedreira, Santo Antônio de Posse, Santa Bárbara d’Oeste, Indaiatuba e Valinhos.
Algumas prefeituras foram além da gratuidade do transporte público. Vinhedo, por exemplo, também oferecerá vans do LEV (Linhas Especiais de Vinhedo) para o transporte de pessoas com mobilidade reduzida severa neste domingo. Em Monte Mor, carros, da prefeitura ajudarão no transporte de eleitores que vivem nas zonas rurais, longe dos colégios de votação. A Prefeitura de Cosmópolis informou que não haverá cobrança de passagens na cidade e que neste domingo irão operar as linhas Rosamélia-Cidade Alta e Parque Esther-Nosso Teto e Uirapuru.
Em Campinas, a adesão ao movimento de passe livre foi confirmada na última terça-feira pelo prefeito Dário Saadi. Os campineiros não pagarão passagem entre as 6h e às 19h deste domingo. Antes, 11 vereadores de Campinas, de sete partidos diferentes, haviam protocolado uma indicação pedindo que o Poder Executivo adotasse a gratuidade do transporte público no dia 30 de outubro.
O pedido de gratuidade do transporte tem como base o impulso à queda da abstenção, que no primeiro turno chegou quase à 21%. Mais de 32 milhões de eleitores que estavam aptos para votar no primeiro turno não compareceram às seções eleitorais.
O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria de votos para confirmar a decisão individual do ministro Luís Roberto Barroso que liberou o transporte público gratuito no segundo turno das eleições. A decisão permite que os prefeitos que adotarem a medida não sejam responsabilizados por improbidade administrativa ou crime eleitoral.
Para pedir a gratuidade universal, o partido Rede argumentou também que o voto é obrigatório no Brasil, mas que muitos eleitores não têm condições de pagar a passagem até o local de votação, que em muitos casos é mais cara do que a multa pelo não comparecimento, cujo valor máximo é de R$ 3,51.