A Célula Energia, empresa com sede em Valinhos que atua com pesquisa, consultoria, projetos e treinamento para geração de energia solar, e a gigante chinesa Shinefar, fabricante de componentes para sistemas solares, anunciaram no início desta semana uma parceria para lançamento do primeiro laboratório móvel que vai testar e atestar a qualidade de equipamentos usados na instalação de sistemas de geração de energia solar fotovoltaica no Brasil.
O projeto terá investimento de R$ 150 mil e inclui dois equipamentos de alta tecnologia, que normalmente são encontrados apenas em centros de pesquisa avançados: uma câmera de eletroluminescência e um traçador de curvas. Quando estiver em operação, o laboratório vai percorrer cidades de todo o país fazendo os testes. A estimativa é de que o lançamento seja feito em junho.
O principal objetivo da iniciativa é permitir que uma empresa local tenha a possibilidade de se tornar certificadora dos produtos utilizados em sistemas fotovoltaicos que são comercializados no Brasil. O trabalho será feito com foco na verificação de qualidade e eficácia desses componentes.
Com as análises, a expectativa das duas empresas é contribuir para ampliar o controle de qualidade sobre os componentes usados nas instalações solares, auxiliar os distribuidores e revendedores na escolha das marcas que representam e trazer resultados positivos para o consumidor final.
A escolha da Célula Energia para a parceria levou em consideração a experiência e a qualificação do engenheiro William Cambuhi de Oliveira, fundador da empresa, que já formou mais de 10 mil alunos em seus cursos e treinamentos. Ele é pesquisador e professor universitário, tem um livro publicado sobre o assunto, possui larga experiência e se tornou uma referência no setor. Além disso, a Célula também atua em parceria com outras gigantes multinacionais do setor.
Serão feitos testes em módulos, além de verificação da capacidade da potência daquele determinado equipamento, dos parâmetros de tensão de circuito aberto, corrente de curto circuito, tensão de operação, corrente de operação dos módulos, para avaliação de conformidade com as informações disponibilizadas pelos fabricantes.
“Com esse laboratório móvel vamos conseguir fazer todos esses testes em ensaios, comprovando e certificando a qualidade dos módulos fotovoltaicos. Qualquer divergência em lotes ou de fabricação com o datasheet, a câmera de eletroluminescência vai detectar. Com tudo isso, a gente vai conseguir alertar os distribuidores, o trabalho também será feito em conjunto com os distribuidores”, disse William. Segundo ele, o projeto não pretende expor marcas ou produtos.