Na próxima sexta-feira (8), às 10h, o Museu do Futebol será palco do evento virtual de lançamento do Relatório Anual da Discriminação Racial 2020, feito pelo Observatório da Discriminação Racial no Futebol em parceria com o Museu da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e apoio do Facebook. Em sua sétima edição, o Relatório é uma análise sistêmica dos incidentes raciais e casos de preconceito e discriminação ocorridos no esporte brasileiro entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2020, com foco especial no futebol.
O evento será transmitido nas Páginas do Observatório da Discriminação Racial no Futebol e do Museu do Futebol no Facebook, além dos respectivos canais no YouTube, e também no Facebook do Museu da UFRGS.
O relatório deste ano conta com o apoio do Facebook e traz 76 ocorrências discriminatórias, sendo 68 em território nacional e outras oito com atletas brasileiros no exterior, dos quais 83% estão relacionadas com o futebol, sejam esses fatos gerados através da internet, estádios ou outros espaços que envolvam agentes relacionados com o esporte bretão. Incidentes em outras modalidades como basquete, surf, e-Sports e UFC, também serão apresentados.
O lançamento oficial ainda apresentará dados sobre os casos julgados pela Justiça Desportiva, locais dos incidentes e os envolvidos, além do histórico dos casos monitorados e seus desdobramentos ao longo dos sete anos de trabalho do Observatório.
Participarão do evento Marcelo Carvalho, Diretor do Observatório da Discriminação Racial no Futebol; Marcel Tonini, Doutor em História Social e integrante da equipe de curadores da exposição “Tempo de Reação – 100 anos do goleiro Barbosa”; Rafaelle Seraphim, jornalista do Grupo Globo e umas das criadoras do podcast Ubuntu Esporte Clube; o ex-jogador e comentarista Grafite; o ex-jogador e vice-presidente da Federação Paulista de Futebol, Mauro Silva; e a jogadora de futebol Suellen Rocha.
O evento está relacionado à exposição temporária “Tempo de Reação – 100 anos do Goleiro Barbosa”, que celebra a trajetória do ex-goleiro da Seleção Brasileira e do Vasco, Moacyr Barbosa (1921-2000), que ao lado dos outros jogadores negros do time, foi injustamente responsabilizado pela derrota do Brasil para o Uruguai no “Maracanazzo” em 1950.