Mês historicamente de baixa de eventos corporativos, julho trouxe otimismo para o setor hoteleiro da Região Metropolitana de Campinas (RMC). A taxa média de ocupação dos hotéis fechou em 57,61%, índice superior ao do período pré-pandemia. No mesmo mês de 2019, a taxa média foi de 46,34%, segundo o acompanhamento mensal feito pelo Campinas e Região Convention & Visitors Bureau (CRC&VB) junto aos estabelecimentos de sua área de atuação.
Os eventos corporativos são responsáveis pela retomada do setor. A demanda corporativa iniciada em janeiro vem garantindo a recuperação sustentada do setor hoteleiro da Região Metropolitana de Campinas (RMC). O retorno de feiras, simpósios e encontros empresarias alavanca a ocupação dos hotéis, sobretudo em Campinas.
A volta da Expoflora, em Holambra, após dois anos suspensa pela pandemia, é um dos acontecimentos festejados pela hotelaria. O diretor de Alimentos e Bebidas do Vitória Hotel Concept, Rodrigo Porto, afirma que a atual taxa de hospedagem da rede supera o período pré-pandemia em até 10%.
“A ocupação da nossa rede de hotel está melhor do que antes da pandemia. A gente está com a média dos cinco hotéis da rede em torno de 65% de ocupação, e, antes da pandemia, girava em torno de 55% a 60%.”
Segundo Douglas Marcondes, diretor de Hotelaria do CRC&VB, há quatro meses consecutivos a taxa média de ocupação ficou acima de 55%, um índice que reforça as expectativas positivas do setor para este ano, especialmente com a alta demanda represada de eventos corporativos e shows.
Ele lembra, ainda, que mesmo em 2019, quando o setor hoteleiro vivia bons momentos, somente em setembro daquele ano a taxa foi semelhante ao que se observa em 2022.
“As taxas atuais comprovam a retomada sustentável dos hotéis, que deve se estender por um longo período”, explica ele.
Quanto ao valor da diária, o levantamento mensal também aponta elevação e recuperação sustentada. Segundo o levantamento do CRC&VB, a tarifa média em julho foi de R$ 273,66
Vanderlei Costa, presidente do Campinas Convention Bureau, lembra que a alta demanda na rede hoteleira por conta dos eventos corporativos reflete diretamente em outros cerca de 50 segmentos da cadeia, que empregam cerca de 40 mil pessoas.