O ex-candidato à Prefeitura de Hortolândia Walter Tato (Podemos) foi condenado a nove anos e seis meses de prisão, em regime fechado. A sentença foi publicada no último dia 12. Ele é acusado de tentativa de estupro e importunação contra duas jovens que participaram da sua campanha política, em 2020. O juiz da 1ª Vara Criminal de Hortolândia, André Forato Anhê, ainda determinou o pagamento de R$ 40 mil por danos morais às vítimas.
Tato também foi candidato a deputado federal nas eleições do ano passado. Nas suas redes sociais, ele se coloca como defensor da causa animal.
Relatos de familiares de uma das vítimas sobre ameaças e pressões de pessoas ligadas a Walter para a retirada da denúncia agravaram a situação do acusado, que não terá o direito de recorrer em liberdade.
Walter Tato foi preso em 14 de setembro de 2022 ao ser abordado dentro de seu carro, na Avenida Santana, no Jardim Amanda, em Hortolândia. Na ocasião, policiais militares do 10º Baep (Batalhão de Ações Especiais de Polícia) cumpriram o mandado de prisão preventiva por tentativa de estupro. A defesa alegou, na ocasião, que as denúncias tiveram motivação política.
Histórico
Os abusos teriam ocorrido entre agosto e 15 de novembro de 2020, de acordo com a denúncia do Ministério Público. Em uma das ocasiões, uma das vítimas foi levada ao apartamento do político para buscar um remédio, quando ele tentou estuprá-la, informou o MP. O ato só não foi consumado porque o pai da jovem ligou para o celular dela, avisando que estava na portaria do condomínio para buscá-la.