A Fundação FEAC promove nesta terça-feira (6), às 18h30, no Shopping Iguatemi Campinas, o Cinedebate. Será exibido o documentário Visionários da Quebrada, com direção de Ana Carolina Martins, seguido de um debate. O filme retrata a vida de jovens das periferias de São Paulo que desenvolvem trabalhos transformadores em suas comunidades, ligados a áreas diversas, como dança contemporânea, gastronomia, moda e artes. Mostra a transformação social protagonizada por estes jovens em suas comunidades a partir de uma ótica da periferia, com cada jovem narrando sua história.
Para aprofundar esta abordagem e provocar reflexão, o Cinedebate convidou duas lideranças de regiões periféricas de Campinas, com destacada atuação em seus territórios: Layne Gabriele, fundadora do primeiro cursinho popular do Bairro Campo Belo, e Jefferson Rodrigues, cofundador da Ozipa Criativa que fica no Parque Oziel.
Após a exibição do filme, será realizado um debate que também contará com a presença da idealizadora e diretora do documentário, Ana Carolina Martins. “A estratégia pensada para esse Cinedebate, a partir da definição do filme que seria exibido, foi aproximar a realidade do filme, que se passa em territórios de São Paulo, de uma realidade muito semelhante que nós temos nos territórios aqui em Campinas”, diz Rodrigo Correia, líder do Programa Juventudes da Fundação FEAC.
Periferia é lugar de potências e transformação social
Na mesma linha, a analista de projetos da FEAC, Talita Toledo, especialista em Educação, chama atenção para um movimento expressivo nos espaços periféricos, evidenciado no filme e na dinâmica do próprio evento, que é quebrar essa visão cultural estigmatizante de que a periferia é um lugar só de vulnerabilidades, que não produz e não tem potências.
“O objetivo dessa primeira ação é discutir justamente isso, que os territórios periféricos, as quebradas, são lugares de potências também. Isso é muito importante porque a FEAC atua nessa perspectiva territorial, de olhar para o território, e como as pessoas daquele território impactam a sua comunidade”, diz Talita.
Esta edição do Cinedebate dialoga com objetivos estratégicos de nossa atuação da Fundação voltada às juventudes, conta Rodrigo. “É como olhamos essa perspectiva da inclusão produtiva desse jovem periférico, e toda sua potência de transformação e atuação. Outro alinhamento é quando olha para a participação social e política do jovem, entendendo que isso é um ato político, e que também é papel do jovem a transformação da sua realidade, do seu entorno”, explica.
Na plateia, estarão também pessoas com deficiência que participam de uma oficina de curta-metragem apoiada pela FEAC em parceria com diversas OSC em áreas vulneráveis de Campinas. E a proposta é justamente oferecer referências e inspiração para que eles realizem o seu próprio curta. A sessão contará com uma cabine de audiodescrição providenciada pelo evento.
O Cinedebate é uma ação do projeto CinemAqui, da FEAC, que investe no poder do cinema para sensibilizar as pessoas e abre este espaço para receber temáticas importantes que estão no radar da Fundação.