Técnicos da Secretaria Municipal do Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SVDS) de Campinas, que compõem a força-tarefa que faz o inventário da população de capivaras em cinco parques públicos da cidade, iniciaram a contagem dos animais no Parque Ecológico Monsenhor Emílio José Salim, na rodovia Heitor Penteado, com o uso de câmeras de imagem térmica.
O equipamento capta o calor do corpo dos animais e é possível enxergar as capivaras em áreas onde estão abrigadas ou em áreas totalmente escuras. “As câmeras térmicas filmam e fotografam. Por meio deste recurso que a Secretaria do Verde possui, conseguimos ver a movimentação dos animais. Usamos nos parques onde as capivaras têm difícil visualização”, explicou o veterinário do Departamento de Proteção e Bem-Estar Animal (DPBEA) da Secretaria Municipal do Verde, Paulo Anselmo Nunes Felippe.
De acordo com o veterinário, o censo das capivaras nos parques também levantará informações para identificar quais são machos, fêmeas, filhotes, e os que estão em grupos e também os indivíduos solitários.
O inventário começou no Parque das Águas, no bairro Parque Jambeiro, onde foram encontradas cinco capivaras na manhã de quarta-feira (21). A equipe retornará ao local em outra ocasião, provavelmente à noite e com o uso da câmera térmica, para verificar se houve alteração no número desses animais.
O próximo local onde será feita a contagem é o Parque Ecológico Hermógenes de Freitas Leitão Filho, em Barão Geraldo. O trabalho deve ser concluído em 15 a 20 dias. Com este levantamento, será solicitada ao Estado a autorização de manejo desses animais.
A contagem das capivaras do Parque Portugal (Lagoa do Taquaral) e Lago do Café, ambos no bairro Taquaral, já foi realizada. No primeiro foram identificados dois grupos com 48 indivíduos no total; no segundo foram contabilizadas 28 capivaras, também divididas em dois grupos.
O objetivo é descobrir o número exato de machos, fêmeas e filhotes para, então, pedir autorização para a realização de laqueadura nas fêmeas e vasectomia nos machos à Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística. A medida é importante para auxiliar na redução do risco de transmissão da febre maculosa.
Animais protegidos
As capivaras são animais silvestres, protegidos por legislação federal. São hospedeiras do carrapato-estrela. Quando o carrapato está infectado com a bactéria Rickettsia rickettsii, transmite para a capivara, que pode infectar outros carrapatos. Quando o carrapato infectado pica uma pessoa, transmite a febre maculosa.
É fundamental que, após visitas em áreas verdes, as pessoas observem todo o corpo. Se localizar carrapato, ele deve ser removido com cuidado. Mesmo sem localizar carrapatos no corpo, caso haja algum sintoma, como febre e dores no corpo, a pessoa deve procurar o médico o mais rapidamente possível e informar que esteve em área propensa à presença de carrapatos.
Todas as informações sobre a febre maculosa no município de Campinas e os meios de prevenção à doença podem ser obtidas no site https://portal.campinas.sp.gov.br/sites/febremaculosa/inicio.