Com uma história de superação e resiliência, João Maia é fotógrafo com baixa visão e embaixador institucional da Fundação Dorina Nowill para Cegos, para os Jogos Paralímpicos de Tóquio. Ele desembarca no Japão no próximo dia 19 de agosto, para mostrar a cultura, acessibilidade, e os bastidores da competição. O piauiense João Maia, de Bom Jesus, vai tirar fotos, gravar vídeos e fazer stories para as redes sociais da Fundação Dorina.
As competições Paralímpicas e os bastidores dos jogos serão os principais conteúdos publicados por ele. Mas, as suas lentes também mostrarão outros temas, como a cultura japonesa – uma curiosidade para os ocidentais. Outro assunto a ser registrado é a acessibilidade para pessoas cegas ou com baixa visão no Japão.
Além de mostrar a viagem e produzir conteúdo, essa iniciativa tem o objetivo de dar visibilidade e pautar a sociedade sobre temas relacionados às pessoas cegas ou com baixa visão.
O próprio João Maia é um exemplo de pessoas que lidam com os desafios da acessibilidade, e carrega consigo uma trajetória de superação e resiliência. Após perder a visão, já adulto, realizou o sonho de se tornar fotógrafo. “Ter o João como embaixador institucional e representante nos Jogos Paralímpicos é comemorar também o trabalho realizado pela Fundação Dorina com o objetivo de promover a autonomia de pessoas cegas e com baixa visão”, comenta Francisco H. Della Manna, presidente da Fundação Dorina Nowill para Cegos.
“Desde a perda da minha visão, enfrentei uma longa jornada até aqui. E, a Fundação Dorina surgiu para me mostrar que existiam muitas possibilidades para a minha história. Por lá, conheci e utilizei os serviços de habilitação e reabilitação, e com o tempo adquiri mais autonomia. Hoje, sou um fotógrafo, mesmo com a ausência de um sentido que eu acreditava ser essencial para exercer essa profissão”, conta João Maia, embaixador institucional da Fundação Dorina Nowill para Cegos.