O Programa Mundial de Alimentos, PMA, informou que um comboio de ajuda humanitária chegou à Cidade de Gaza nesta terça-feira (12), o primeiro desde 20 de fevereiro, capaz de alimentar 25 mil pessoas.
Além disso, autoridades da ONU informaram que um navio de uma ONG humanitária saiu do Chipre em direção à Faixa de Gaza levando 200 toneladas de suprimentos. Embora tenham celebrado o apoio, as autoridades reforçam que a medida “não substitui” a assistência por terra.
Segundo o porta-voz do Escritório da ONU para Assuntos Humanitários, Ocha, Jans Laerke, todo alimento e ajuda emergencial é extremamente necessária, mas não substitui o transporte terrestre, particularmente para o norte de Gaza.
A organização de caridade internacional World Central Kitchen anunciou que seu navio, Open Arms, estava a caminho de Gaza, localizado a aproximadamente 200 milhas náuticas de distância. Em uma publicação nas redes sociais, a entidade afirmou que “o povo do norte será alimentado”.
A ONG já trabalhou com equipes de ajuda da ONU em Rafah, no sul de Gaza, onde cerca de 1,5 milhão de pessoas buscaram abrigo em meio a bombardeios israelenses diários e combates nos últimos cinco meses, motivados por ataques terroristas liderados pelo Hamas em Israel, que deixaram cerca de 1,2 mil mortos e levaram cerca de 250 reféns.
Ressaltando a terrível emergência humanitária em Gaza, o chefe da agência da ONU para refugiados palestinos, Unrwa, condenou a recusa em permitir itens de “uso duplo” destinados ao enclave. Ele afirmou que um caminhão carregado de ajuda foi devolvido porque tinha uma tesoura usada em kits médicos para crianças.
Segundo Philippe Lazzarini, as tesouras médicas foram adicionadas a uma longa lista de itens proibidos que as autoridades israelenses classificam como de “uso duplo”.
A lista inclui outros itens básicos fundamentais para atendimento: anestésicos, luzes solares, cilindros de oxigênio e ventiladores, pastilhas para limpeza de água, medicamentos para câncer e kits de maternidade.
Para o comissário-geral da Unrwa, a liberação de suprimentos humanitários e a entrega de itens básicos e essenciais precisam ser facilitadas e aceleradas. Ele adiciona que dois milhões de pessoas dependem da entrada de suprimentos. (ONU)