A líder de extrema-direita Giorgia Meloni, dos Irmãos de Itália, tomou posse neste sábado (22) como primeira-ministra, tornando-se a primeira mulher a assumir este cargo na história do país.
“Juro ser fiel à República, cumprir lealmente a Constituição e as leis e exercer o meu mandato e as minhas funções no interesse exclusivo da nação”, disse Meloni perante o presidente da República, numa cerimônia que teve lugar no Salão das Festas do Palácio do Quirinal, em Roma.
Em seguida, Giorgia Meloni assinou o decreto da sua nomeação e cumprimentou o presidente Sérgio Mattarella, colocando-se à sua esquerda para presidir ao juramento dos seus 24 ministros.
Os primeiros a fazê-lo foram os seus dois vice-presidentes, Matteo Salvini e Antonio Tajani, líderes, respectivamente, da Liga, de extrema-direita, e do conservador Força Itália, os dois partidos da coligação de direita que venceu as eleições de 25 de setembro.
Salvini terá também a pasta das Infraestruturas e Mobilidade Sustentável, enquanto Tajano tutelará os Negócios Estrangeiros.
O juramento contou com a presença de todos os ministros e, como manda o protocolo, do subsecretário da Presidência do Governo, Alfredo Mantovano, um dos cargos mais influentes do executivo e que tomará posse durante o primeiro Conselho de Ministros, que terá lugar neste domingo (23).
Do total de 24 ministérios e um subsecretário da Presidência (Alfredo Mantovano) do Governo de Meloni, oito serão para o seu partido, quatro para a Liga e seis para o Força Itália, ao passo que seis serão ocupados por técnicos.
Giuramento del nuovo Governo. Seguiteci in diretta: https://t.co/2JnqHVFDCv pic.twitter.com/TFy16u7bca
— Giorgia Meloni (@GiorgiaMeloni) October 22, 2022
A passagem do poder entre Draghi e Meloni decorrerá no domingo, no palácio Chigi, sede do Governo. Em seguida ocorre o primeiro conselho de ministros.
Eurocética notória, Meloni desistiu de fazer campanha pela saída de Itália do euro, mas prometeu defender mais os interesses do seu país em Bruxelas – num momento em que o crescimento depende dos quase 200 mil milhões de euros de subsídios e empréstimos concedidos pela União Europeia (UE) à Itália, no âmbito do seu fundo de recuperação pós-pandemia de Covid-19.
(Agência Lusa)