O Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) garantiu que não haverá mais libertações de reféns sem o estabelecimento prévio de um cessar-fogo, disse um responsável.
A prioridade do Hamas é parar a agressão das forças israelitas na Faixa de Gaza “de uma vez por todas” e que isso foi informado a todos os mediadores, disse Osama Hamdan à cadeia de televisão Al-Jazeera, do Qatar, em resposta a notícias publicadas por meios de comunicação israelitas segundo as quais o Hamas estaria negociando um novo acordo para a libertação de reféns.
Por esta razão, reiterou, não se fala atualmente de uma troca de prisioneiros, sublinhando que a interrupção dos combates em Gaza é uma condição prévia para que tal aconteça, disseram os mesmos meios de comunicação locais.
O representante do Hamas também negou que tenha sido discutida uma possível libertação em troca de um cessar-fogo de um mês, alegações que foram publicadas em jornais de Israel.
Hamdan tinha já afirmado, em meados de dezembro, esta posição do Hamas, sublinhando que todas as questões “podem ser negociadas”.
No dia 7 de outubro comandos do Hamas lançaram um ataque terrorista em solo israelita, durante o qual mataram 1.139 pessoas, na maioria civis, de acordo com o mais recente balanço das autoridades do país.
Cerca de 250 pessoas foram também sequestradas nesse dia e levadas para Gaza, 129 das quais se encontram ainda em cativeiro pelo movimento, no poder no grupo palestino desde 2007.
Israel declarou guerra ao Hamas e nos bombardeios na Faixa de Gaza já morreram mais de 21,5 mil pessoas, na maioria civis, disse o Hamas, considerado uma organização terrorista por vários países, incluindo Israel, Estados Unidos e União Europeia.
(Agência Lusa)