O presidente de Câmara Municipal de Londres, Sadiq Khan, foi reeleito neste sábado (4) para um inédito terceiro mandato, coroando o bom desempenho do Partido Trabalhista nas eleições autárquicas de quinta-feira.
Os resultados oficiais anunciados esta tarde indicam que Khan recolheu 44% dos votos, contra 33% da candidata Conservadora, Susan Hall.
Esta é a primeira vez que um ‘Mayor’ de Londres é eleito para um terceiro mandato.
Khan, que sucedeu a Boris Johnson em 2016, tem sido uma figura cada vez polêmica nos últimos anos, com os críticos se queixando do aumento da criminalidade, impostos sobre carros poluidores e permissão à realização de marchas pró-palestinianas quase todos os fins de semana.
Os apoiantes valorizam a expansão da construção de casas, refeições escolares gratuitas para crianças pequenas, custos dos transportes públicos comedidos e apoio aos grupos minoritários da cidade.
A vitória em Londres é mais um sinal positivo para o principal partido da oposição do Reino Unido pois, se os resultados das eleições autárquicas de quinta-feira se repetissem numa votação nacional, o Partido Trabalhista afastaria os Conservadores do poder pela primeira vez desde 2010.
Os Trabalhistas também foram reeleito presidentes das Câmaras Municipais de Liverpool, Grande Manchester, East Midlands, West Yorkshire no sábado e aguarda os resultados em West Midlands, a área metropolitana de Birmigham, segunda maior cidade do Reino Unido.
Contabilizados os votos da maioria das 107 autarquias que tiveram eleições, o Partido Trabalhista elegeu 1.140 membros de assembleias municipais e de freguesias, 185 a mais do que em 2021.
O Partido Conservador elegeu 513, menos 473, tendo sido ultrapassado pelos Liberais Democratas, que elegeram 521, mais 104 do que há quatro anos.
Apesar dos maus resultados, o primeiro-ministro, Rishi Sunak, reivindicou a reeleição do ‘mayor’ de Tees Valley, no nordeste de Inglaterra, como importante, enquanto espera que Andy Street se mantenha à frente da autoridade de West Midlands.
“Os resultados de quinta-feira mostraram que os eleitores estão frustrados”, reconheceu hoje, num texto publicado no jornal Daily Telegraph.
No entanto, alegou que o Partido Trabalhista comandado por Keir Starmer continua sem ganhar em muitas áreas, o que levou o líder da oposição a admitir problemas em áreas fortemente muçulmanas devido à posição pró-Israel relativamente à guerra em Gaza.