Os dois gols sofridos pela Ponte Preta na derrota por 2 a 1 para o Londrina, no último sábado (11), no estádio Moisés Lucarelli, irritaram bastante o técnico Hélio dos Anjos. Os lances aconteceram na metade final do segundo tempo e nasceram de cobranças de falta do atacante Caprini pelo lado esquerdo.
Na primeira, Matheus Lucas desviou na segunda trave para o fundo das redes, abrindo o placar da partida. A falta havia sido originada pela infração que resultou na expulsão do zagueiro Thiago Oliveira, deixando a Macaca com nove homens em campo, já que o lateral-direito Bernardo já havia tomado cartão vermelho no primeiro tempo, assim como também aconteceu com o atacante Gabriel Negueba pelo lado adversário.
Na segunda jogada de bola parada, Fábio Sanches colocou a mão na bola e cometeu o pênalti que terminou com gol de João Paulo, ampliando a vantagem do Londrina. Um minuto depois, Lucca diminuiu o marcador, mas não foi suficiente para evitar a sexta derrota da Ponte em 12 jogos na Série B, deixando a equipe alvinegra à beira da zona de rebaixamento, na 16ª colocação, com 12 pontos.
“Estou louco de raiva, não podemos tomar tanto gol de bola parada”, esbravejou Hélio dos Anjos.
“Dos 11 gols que tomamos até agora, sete foram de bola parada. Isso me irrita. Jogamos com time adiantado e agressivo, temos linha alta, mas não tomamos nenhum gol de transição e contra-ataque, e sim de bola parada”, lamentou o técnico Hélio dos Anjos, em entrevista coletiva concedida logo após a partida contra o Londrina, no Majestoso.
“Não podemos errar tanto em jogo que está mais para a gente. Foi o visitante que menos criou aqui, só com bola alçada e marcação baixa, então tínhamos que entrar com bola dominada. Um dos grandes momentos nossos foi quando estávamos com um homem a menos, mas não gostei em especial do segundo tempo”, acrescentou o treinador.
Além dos dois lances de bola parada que decidiram o jogo a favor do Londrina, a Ponte Preta sofreu três gols originados de escanteio nos duelos contra Vasco, Bahia e Ituano, além de um de pênalti do Novorizontino e outro de falta direta do Sport Recife.
“É notório que a arbitragem nos prejudicou e desestabilizou, mas não adianta jogar responsabilidade só nela. Tivemos dificuldades de rendimento e performance, principalmente no segundo tempo”, avaliou Hélio dos Anjos.
Em um jogo marcado por três expulsões, duas pelo lado da Ponte Preta e uma do Londrina, o treinador da Macaca também desceu mais cedo para o vestiário, pouco antes do encerramento do primeiro tempo. De acordo com ele, houve um mal-entendido com o banco de reservas da equipe paranaense.
“Minha expulsão não estava nos planos, mas não consegui me segurar com o quarto árbitro no meu ouvido e o juiz desequilibrado. Eu fui reclamar na mesa, o rapaz do Londrina achou que estava falando dele e me ofendeu. Só que o quarto árbitro podia me defender e dizer que eu não falei nada demais, mas me expulsou”, queixou-se Hélio dos Anjos.
“Esse juiz já tinha apitado nosso jogo contra o Operário e o quarto árbitro deve ter apitado no máximo sub-15 ou 17, não tinham condições”, reclamou Hélio dos Anjos, em referência ao árbitro Paulo Henrique Schleinch Vollkopf, da Federação de Mato Grosso do Sul, e o quarto árbitro Matheus Delgado Candançan, da Federação Paulista de Futebol.
Com a expulsão no duelo contra o Londrina, Hélio dos Anjos não poderá ficar à beira do campo no complicado duelo da Ponte Preta contra o líder Cruzeiro, nesta próxima quinta-feira (16), feriado de Corpus Christi, às 16h, no Mineirão, em Belo Horizonte, pela 13ª rodada da Série B.
“Já tinha um plano contra o Cruzeiro, mas passava muito por essa segunda vitória seguida que queríamos. Vamos ter arrumação em campo e fazer de tudo para um bom jogo”, completou Hélio.