O exército israelense anunciou neste sábado (11) um prolongamento de três horas de “pausa humanitária” para permitir a saída de civis palestinos do Norte da Faixa de Gaza para o Sul através da estrada Salah al Din.
De acordo com um comunicado militar, o eixo Salah al Din, que atravessa o enclave de Norte a Sul da Faixa de Gaza, permanecerá aberto durante sete horas, em vez de quatro, como nos dias anteriores, e será aberta uma nova rota costeira para evacuações.
O exército indica que “centenas de milhares” de habitantes de Gaza fugiram do Norte de Gaza em busca de refúgio.
A nota de imprensa acrescenta que as Forças de Defesa de Israel decidiram também “uma pausa tática nas operações militares” de quatro horas no campo de refugiados de Jabalia, no Norte da Faixa de Gaza, para permitir a saída de civis.
O comunicado vem acompanhado de um mapa da Faixa de Gaza escrito em árabe no qual diz que a passagem permanecerá aberta neste sábado e indica a área de Al Mawasi, no canto sudoeste do enclave palestino como um “lugar humanitário”.
O exército israelense também divulgou outro plano para os habitantes de Gaza que optarem por utilizar a nova rota de evacuação aberta ao longo da costa do Mediterrâneo.
“Pedimos, para sua segurança, que se junte às centenas de milhares de residentes que se mudaram para o Sul nos últimos dias, incluindo algumas figuras importantes da comunicação social, pois queremos protegê-los”, afirma o exército israelense.
As Forças Armadas de Israel salientam que devido aos combates em curso na zona costeira, que tem sido controlada pelas suas tropas, os civis também podem deslocar-se àquela zona para utilizar a estrada costeira no seu movimento em direção ao Sul.
“Pedimos que, para preservar a sua segurança, aproveitem este período de tempo disponível para se deslocarem para Sul, porque a Zona Norte da Faixa de Gaza é uma zona de combates generalizados”, afirma o exército. O exército refere que sabe que o “Hamas está a tentar impedir o seu movimento” e, por isso, deu um número de telefone para os civis informarem os militares no caso de “membros do Hamas bloquearem o caminho”.
Israel exige há semanas que os civis deixem o Norte do enclave, onde se concentram muitos dos seus ataques.
Após 35 dias de guerra, que começou a 7 de outubro com o ataque terrorista do Hamas ao território israelita, no qual morreram mais de 1.400 pessoas e mais de 240 foram sequestradas de aldeias perto de Gaza, os bombardeios israelenses mataram já mais de 11 mil pessoas e feriram cerca de 27.500, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlada pelo grupo islamita.
O Hamas é classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, União Europeia e Israel.
No Brasil, nesta semana, parlamentares que apoiam a causa palestina fizeram um ato na Câmara dos Deputados classificando a reação de Israel como “desproporcional”. Para eles, o Exército israelense está cometendo “genocídio” e fazendo uma “limpeza étnica” na incursão a Gaza.
Com informações da Agência Lusa News e da Agência Brasil