Exatamente dez anos depois de defender as cores da Ponte Preta, tendo inclusive participado do início da campanha do histórico vice-campeonato da Copa Sul-Americana de 2013, o lateral-direito peruano Luis Advíncula está prestes a disputar a sua primeira decisão de Copa Libertadores da América.
O experiente atleta de 33 anos é um dos jogadores titulares do Boca Juniors, que enfrenta o Fluminense neste próximo sábado (4), às 17h, no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro. O time argentino, que eliminou o Palmeiras nas semifinais, busca seu sétimo título para se igualar ao rival Independiente como maior campeão continental.
O lateral peruano Luis Advíncula é um dos três jogadores com passagem pelo futebol campineiro envolvidos na final da Libertadores. Os outros dois pertencem ao elenco do Fluminense. São eles o lateral-esquerdo Diogo Barbosa, que vestiu a camisa do Guarani no primeiro semestre de 2013, e o atacante Keno, que defendeu a Ponte Preta nos últimos seis meses de 2016. A dupla também estreia numa decisão continental.

Há uma década, contratado por empréstimo junto ao Hoffenheim, da Alemanha, Luis Advíncula chegou ao Moisés Lucarelli em julho de 2013, junto com o meia argentino Brian Sarmiento, mas nenhum dos dois teve vida longa no clube alvinegro, acabando dispensados antes mesmo do fim da temporada, assim como o meia Luis “Cachito” Ramírez, outro peruano que também fazia parte do elenco pontepretano naquela época.
A estreia do lateral peruano pela Ponte Preta, sendo escalado logo de cara como titular pelo então técnico Paulo César Carpegiani, ocorreu no dia 24 de julho de 2013: derrota por 1 a 0 para o Nacional-AM, em Manaus, em jogo que causou a eliminação da equipe alvinegra na terceira fase da Copa do Brasil. A equipe amazonense também havia vencido a primeira partida por 1 a 0, em Campinas.
No jogo seguinte, Advíncula entrou no intervalo e ajudou a Macaca a vencer o Santos por 1 a 0, no Majestoso, pela Série A do Campeonato Brasileiro. Na sequência, ele ganhou nova chance como titular na derrota por 5 a 3 para o Coritiba, uma semana depois, no Couto Pereira, novamente pelo Brasileirão.
Logo depois, foram mais dois jogos saindo do banco de reservas: derrota por 1 a 0 para o Goiás, no Majestoso, pelo Brasileiro, e vitória por 2 a 1 sobre o Criciúma, no Heriberto Hülse, pelo jogo de ida da primeira fase da Copa Sul-Americana. Este foi o primeiro triunfo internacional da história da Ponte Preta em uma competição oficial. Advíncula estava lá!
Ao todo, Advíncula disputou apenas seis partidas com a camisa da Ponte Preta, sendo quatro com o técnico Paulo César Carpegiani e uma com o seu sucessor Jorginho, sem nenhum gol ou assistência.
Com a chegada do técnico Jorginho, o peruano voltou a ganhar uma oportunidade como titular, na derrota por 4 a 0 para o Atlético-MG, em Belo Horizonte, mas depois disso nunca mais entrou em campo pela Macaca. A Ponte Preta terminou aquela temporada rebaixada para a Série B e ainda perdeu uma chance histórica de conquistar o título da Sul-Americana, sendo derrotada pelo Lanús, da Argentina, na grande decisão.
De lá pra cá, Luis Advíncula rodou por clubes modestos da Europa, acumulou passagens por times da América do Sul e do México, até chegar ao Boca Juniors em 2021, onde virou peça importante. Ao longo desse período, Advíncula também disputou a Copa do Mundo de 2018, na Rússia, atuando como titular em todos os três jogos da primeira fase.
A equipe então comandada pelo técnico argentino Ricardo Gareca não chegou ao mata-mata. A seleção peruana só não disputou o Mundial do Catar, no ano passado, porque foi eliminada pela Austrália na repescagem intercontinental. O jogo terminou empatado em 0 a 0 no tempo normal e os australianos levaram a melhor nos pênaltis. Advíncula foi um dos jogadores que desperdiçaram cobranças, acertando a trave.