A derrota para o Luverdense por 1 a 0, em Lucas do Rio Verde, passaria apenas como mais um compromisso do Guarani em sua história, não fosse por um detalhe: no duelo, válido pela 18ª rodada da Série B do Brasileiro de 2017, Oswaldo Alvarez, o Vadão, completou 200 jogos no comando do Guarani. O feito aconteceu no dia 1 de agosto, há exatamente sete anos.
Aquela temporada marcou a quinta e última passagem de Vadão pelo Brinco de Ouro. Na ocasião, ele esteve longe de seus melhores momentos pelo clube, ao não conseguir levar o time à classificação na Série A2 e amargar uma sequência sem vitórias na Série B. Demitido no início do returno, o treinador disse que ficou sabendo da decisão sobre sua saída pelo noticiário da internet. Triste encerramento de trabalho no clube onde deixou sua marca. Pelo menos a diretoria reconheceu os 200 jogos com uma homenagem.
Após a derrota para a Luverdense, Vadão dirigiu o time em mais quatro partidas o que serviu para cravar seu nome, definitivamente, na história do Brinco: ele é o terceiro técnico que mais vezes comandou o Guarani, com 204 jogos, ficando atrás apenas de Carlos Alberto Silva (297) e Zé Duarte (404). Os três já não estão entre nós.
Passagens
Vadão iniciou sua trajetória pelo Guarani em 1995. Na oportunidade, foram apenas seis partidas e acumulou 3 vitórias e 3 derrotas no Campeonato Paulista. A segunda passagem aconteceu entre 1997 e 1998 e em 14 jogos obteve 19 vitórias, 15 empates e 14 derrotas.
Já a terceira vez à frente do Bugre está presente na memória dos torcedores e na história do clube. Ele participou ativamente da montagem do elenco para a Série B de 2009 e levou a equipe de volta à Série A. Foi a última vez que o Guarani conquistou o acesso à elite do futebol brasileiro.
Em 2012, Vadão retornou para novamente fazer a diferença. Com o treinador, o Guarani chegou à decisão do Campeonato Paulista contra o Santos, no Morumbi.
Na semifinal, a vitória foi sobre a Ponte Preta, naquele que o torcedor bugrino define como o Dérbi do Século. Vadão, aliás, tem como uma de suas marcas nunca ter perdido um clássico campineiro atuando pelos dois lados. São nove dérbis, com cinco vitórias e quatro empates.
Vadão morreu no dia 25 de maio de 2020 aos 63 anos em razão de complicações de um câncer no fígado.