Demorou praticamente quatro meses, mas a Ponte Preta enfim voltou a conquistar uma vitória fora de casa na temporada, ao bater o Ituano por 2 a 1 na noite da última terça-feira (7), no estádio Novelli Júnior, em Itu, pela 11ª rodada da Série B. A Macaca não vencia como visitante desde o dia 9 de fevereiro, quando derrotou a Ferroviária por 2 a 1, na Arena da Fonte Luminosa, em Araraquara, pelo Campeonato Paulista.
Não precisa nem adivinhar quem foi o grande nome da vitória pontepretana em Itu. Com mais dois para a conta, o atacante Lucca atingiu a marca de 11 gols na temporada e assumiu a artilharia da Série B, com cinco, ao lado de Diego Souza, que balançou as redes na vitória do Grêmio por 2 a 0 sobre o Novorizontino.
“Dependemos do Lucca para fazer os gols, mas as pessoas têm que entender que os outros jogadores dão um suporte para ele taticamente, pois não posso exigir dele intensidade na marcação de saída de bola”, explicou o técnico Hélio dos Anjos, em entrevista coletiva concedida logo após a partida contra o Ituano.
“Desde que o Lucca chegou, a esperança de todos era que fosse um jogador decisivo, como tem sido. Não tem problema ele fazer todos os gols da Ponte, tomara que continue assim, desde que nós vençamos”, disse Hélio dos Anjos.
O comandante da Macaca também enalteceu a atuação de Fessin, que teve participação direita nos dois gols da equipe em Itu, ambos marcados antes dos primeiros 30 minutos de partida. O jovem meia de 23 anos sofreu um pênalti e depois participou da jogada do segundo gol, tabelando com Lucca.
Hélio dos Anjos ainda elogiou a entrada dos jogadores reservas, que cumpriram a missão de neutralizar a ameaça do Ituano e segurar o resultado positivo no final. “Quem definiu o jogo no segundo tempo foi quem entrou. O Moisés [Ribeiro] controlou o jogo, o Wallisson encaixou e a dobradinha do Bernardo com o Formiga na direita nos deu a sustentação necessária”, avaliou Hélio.
“Durante a preparação, conversando com a comissão técnica, falei que o Fessin era o jogador com o melhor nível técnico do elenco nesse momento. Ele tem mobilidade e entrou bem em todos os jogos. Apostamos nele e ofereceu boa condição para nós”, vangloriou Hélio dos Anjos.
Além de vencer o atual campeão da Série C do Campeonato Brasileiro e do Troféu do Interior do Campeonato Paulista, a Ponte Preta colocou fim a uma invencibilidade de nove jogos do adversário dentro de seus domínios. A Macaca não vencia o Ituano desde 2017, quando o próprio atacante Lucca garantiu triunfo por 1 a 0, também em Itu, porém pelo Paulistão. Os dois times não se enfrentavam pela Série B desde 2007.
Antes de voltar a ser batido pela Ponte após cinco anos, a equipe de Itu só havia perdido uma das últimas 15 partidas dentro de casa. Até então, a única derrota como mandante da temporada tinha sido por 3 a 2 para o Corinthians, atual líder do Campeonato Brasileiro.
A importante vitória sobre o Ituano em um confronto direto contra o rebaixamento tirou a Ponte Preta da penúltima colocação da Série B e devolveu a equipe para o meio da tabela. A Macaca agora ocupa a 13ª colocação do campeonato, com 12 pontos.
Curiosamente, no Campeonato Paulista, a Ponte Preta também estava na vice-lanterna quando entrou em campo para enfrentar o Ituano. Na ocasião, em jogo válido pela última rodada da primeira fase, disputado no dia 19 de março, no Majestoso, houve empate em 2 a 2, com dois gols de Ribamar, mas a Macaca acabou rebaixada à Série A2.
Mesmo de volta à parte intermediária da classificação, o técnico Hélio dos Anjos ainda quer que a equipe se aproxime dos ponteiros da tabela, mas para isso será necessário engatar uma sequência de vitórias. O próximo duelo da Ponte Preta será contra o Londrina, neste próximo sábado (11), às 16h30, no estádio Moisés Lucarelli.
“Temos um jogo dificílimo. O Londrina está equilibrado, tem uma dupla de ataque muito interessante, mas, se a gente ganhar, como eu espero, quem sabe não começamos a encostar nos 10 primeiros”, vislumbra Hélio.
“Neste momento, estamos disputando um campeonato, e Vasco e Cruzeiro estão disputando outro. Eu não vim para a Ponte, e nem os jogadores vieram, para disputar o bloco de baixo, mas o campeonato é complicado. Pode não ser um primor técnico, mas é de muita intensidade”, concluiu o treinador pontepretano.