O presidente francês Emmanuel Macron garantiu a maioria dos lugares no Parlamento, mas perdeu a maioria absoluta, segundo as primeiras projeções, que também indicam uma forte subida da extrema-direita do país.
Caso se confirmem, estes resultados significam um importante revés para o presidente francês, que será forçado a procurar alianças para aplicar o seu programa de reformas nos próximos cinco anos.
Segundo as primeiras projeções dos institutos de sondagens, a coligação Ensemble! (Juntos!) do presidente obterá entre 200 e 260 lugares, muito longe da maioria absoluta de 289 deputados (num total de 557) na Assembleia nacional.
Por sua vez, a aliança de esquerda Nova União Popular Ecológica e Social (NUPES), liderada por Jean-Luc Mélenchon, situa-se entre 150 e 200 deputados, tornando-se no primeiro grupo da oposição no Parlamento, segundo as projeções.
O partido de extrema-direita Rassemblement National (União nacional, RN), de Marine Le Pen, garante entre 60 e 100 deputados segundo as mesmas fontes, o que representa um considerável reforço do seu grupo parlamentar.
Sem surpresa, este escrutínio, o quarto em dois meses após as presidenciais, registou uma taxa de abstenção situada entre os 53,5% e os 54%, mas sem atingir o recorde da segunda volta presidencial de 2017 (57,36%). O valor é superior ao registado na primeira rodada, no domingo passado.