Outra vítima da tragédia ocorrida no último sábado (8), em Capitólio, em Minas Gerais, será enterrada nesta terça-feira (11) em Sumaré. Carmen Pinheiro da Silva, de 43 anos, mãe de Camila Silva Machado, será sepultada durante a tarde, no Cemitério Municipal da cidade. De acordo com a funerária responsável pelos trâmites, o corpo dela já deveria ter chegado à cidade, mas atrasou por conta das fortes chuvas. O velório está programado para às 14h e o sepultamento às 15, com caixão lacrado.
Nesta segunda-feira (10), também no Cemitério Municipal de Sumaré, foram sepultados os corpos de Camila Silva Machado, de 18 anos, filha de Carmen, e também de Maycon Douglas de Osti, de 24 anos, namorado da garota.
Além deles, morreram no acidente, causado pelo desprendimento de uma rocha no Lago de Furnas, Geovany Teixeira da Silva, de 38 anos, namorado de Carmen, Geovany Gabriel Oliveira da Silva, de 14 anos, filho dele, Sebastião Teixeira da Silva, de 64 anos, marido de Marlene Augusta Teixeira da Silva, de 57 anos, pais de Geovany.
As outras vítimas são Tiago Teixeira da Silva Nascimento, de 35 anos, sobrinho de Sebastião e Marlene, Rodrigo Alves dos Anjos, de 40 anos, que pilotava a lancha no momento do acidente, e Júlio Borges Antunes, de 68 anos, amigo do piloto. O grupo estava em visita à cidade para comemorar o aniversário de Maycon, que completaria 25 anos no domingo (9).
Investigação
A Polícia Civil de Minas Gerais informou que agora foca na investigação do acidente, já que em menos de 48 horas após o resgate de vítimas do acidente em Capitólio, região Sudoeste do estado, os corpos dos dez ocupantes da lancha Jesus, embarcação diretamente atingida pela rocha que se desprendeu de uma área de cânions, foram identificados e liberados aos familiares.
“O método para identificar os tripulantes foi a papiloscopia (impressões digitais), com análises realizadas pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), por meio do Instituto de Identificação, em sete casos, com apoio da Polícia Federal em outros três”, informou.
Os exames necroscópicos foram realizados no Posto de Perícia Integrado (PPI) da PCMG em Passos. Já os segmentos corpóreos localizados, bem como as amostras de material genético coletadas de familiares das vítimas, serão analisados pelo Instituto Médico-Legal Dr. André Roquette e pelo Instituto de Criminalística, unidades da Polícia Civil sediadas na capital do Estado.
Paralelamente aos trabalhos de identificação, a PCMG instaurou o inquérito policial para apurar as circunstâncias dos fatos. Inclusive, equipes de policiais civis, integrados aos demais membros de instituições que compõem a força-tarefa atuante no caso – Corpo de Bombeiros Militar, Polícia Militar, Defesa Civil, Marinha do Brasil e órgãos municipais –, começaram os primeiros levantamentos periciais e investigativos tão logo tiveram conhecimento do ocorrido, ainda no último sábado.
O procedimento tramita na Delegacia Regional em Passos e, conforme o delegado regional Marcos Pimenta, há grupos de investigação em cinco cidades do entorno: Capitólio, São José da Barra, Alpinópolis, Piumhi e Passos.
“A Polícia Civil não descartará nenhuma hipótese, mas a apuração será feita com a devida cautela que o caso impõe. Almejávamos, no primeiro momento, dar conforto aos familiares e celeridade na identificação. Nesta semana, daremos sequência ao inquérito policial”, disse.
De acordo com Marcos Pimenta, policiais civis estão colhendo informações com o proprietário da lancha, assim como serão ouvidos ocupantes de outras embarcações, que já receberam alta hospitalar, e testemunhas que estavam no local. “Também estamos em contato com um geólogo, formado nessa área, que vai nos auxiliar em respostas a questionamentos feitos”, pontuou.
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